Ciência

Identificada a doença rara que causa dedos extras nas mãos e nos pés

Em novo estudo publicado na revista American Journal of Human Genetics, um grupo de pesquisadores identificou um gene com mutação que causa uma doença rara, ainda desconhecida. A pesquisa marca a primeira vez que esse elo genético foi identificado. Ainda sem nome, a condição causa o nascimento de bebês com dedos a mais nos pés […]
Imagem: Wikimedia Commons/ Reprodução

Em novo estudo publicado na revista American Journal of Human Genetics, um grupo de pesquisadores identificou um gene com mutação que causa uma doença rara, ainda desconhecida. A pesquisa marca a primeira vez que esse elo genético foi identificado.

Ainda sem nome, a condição causa o nascimento de bebês com dedos a mais nos pés e nas mãos, além de desencadear o crescimento contínuo do cérebro. Até agora, três pessoas apresentaram esse sintomas de maneira simultânea e não se sabia o motivo.

Além dessas, os três participantes da pesquisa também compartilham outras características, como o desenvolvimento mais lento dos olhos. Dessa forma, tiveram problemas de visão no início da vida.

Gene MAX

De acordo com o estudo, os três indivíduos que compartilhavam características semelhantes carregavam consigo a mesma mutação genética. Chamados de DDD, os pacientes tinham uma alteração em um gene chamado MAX, que provavelmente é responsável pela polidactilia (dedos a mais) e pela macrocefalia (crescimento do cérebro).

Para os pesquisadores, a descoberta significa que outros pacientes com essa combinação de características podem ter a mesma variante. Agora, é possível testá-los de maneira direcionada, observando o gene MAX.

Avanço na ciência

Identificar a mutação genética é importante porque ameniza o processo pelo qual os familiares e o bebê passam em busca de um diagnóstico. Além disso, os pesquisadores destacam que a descoberta é também pontapé inicial para futuros tratamentos.

“Atualmente, não há tratamentos para esses pacientes. Isso significa que nossa pesquisa sobre condições raras é importante não apenas para nos ajudar a entendê-las melhor, mas também para identificar maneiras potenciais de tratá-las”, disse James Poulter, autor do estudo.

E foi isso que os cientistas fizeram. Além do gene com mutação, eles também encontraram uma molécula que tem potencial para alguns dos sintomas neurológicos e evitar qualquer agravamento da condição.

No entanto, eles afirmam que mais pesquisas são necessárias para testar essa molécula antes que ela possa ser usada como tratamento.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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