O maior iceberg do mundo está se movimentando pela primeira vez após 30 anos. Conhecido como A23a, a movimentação da massa de gelo foi capturada pelo satélite Sentinel-1A, da Agência Espacial Europeia. Confira abaixo!
A agência compartilhou quatro imagens de satélite comparando a mudança de posição do iceberg ao longo do último mês numa publicação no X, antigo Twitter. As imagens foram tiradas nos dias 19 e 31 de outubro e 12 e 24 de novembro pelo satélite Sentinel-1A.
#ImageOfTheDay #A23a is the largest #iceberg 🧊 in the world
After being stuck on the #Antarctic ocean floor for over 30 years, it has started to drift again in recent months#Sentinel1 🇪🇺🛰️ images from
↖️19 and ↗️ 31 October
↙️12 and ↘️24 November pic.twitter.com/8MDtOG9myS— Copernicus EU (@CopernicusEU) November 25, 2023
“O maior iceberg do mundo, A23a, está em movimento!”, disse o British Antarctic Survey em sua postagem no X. “Aqui está sua jornada para fora do Mar de Weddell depois de encalhar no fundo do mar após o parto em agosto de 1986”.
Desde que se desprendeu da plataforma de gelo Filchner-Ronne, na Antártida ocidental, em 1986, o iceberg, que já abrigou uma estação de pesquisa soviética, ficou em grande parte encalhado depois que sua base ficou presa no fundo do Mar de Weddell.
Além disso, imagens recentes de satélite revelam que o iceberg, que tem o da cidade de Nova York, está agora passando rapidamente pela ponta norte da península antártica, auxiliado por fortes ventos e correntes.
Movimento do iceberg é raro
De acordo com o glaciologista Oliver Marsh, do British Antarctic Survey, ao The Guardian, o movimento é raro devido ao tamanho do iceberg, e está sob monitoramento de cientistas.
Segundo Marsh, é possível que ele tenha diminuído “ligeiramente” com o tempo, adquirindo flutuabilidade suficiente para se movimentar com as correntes oceânicas.
Assim, o British Antarctic Survey afirma que o iceberg está se movendo ao longo das correntes oceânicas para a região subantártica da Geórgia do Sul.
E posteriormente, caso encalhe no local, pode causar problemas à vida selvagem da Antártida. Isso porque poderia bloquear o acesso à ilha e às águas ao redor onde se reproduzem e se alimentam milhões de focas, pinguins e aves marinhas.