Esta é a imagem mais detalhada dos buracos negros no universo
Encare o nada. A imagem acima mostra a maior concentração de buracos negros que já vimos. Os abismos de escuridão no centro desse mapa são tão densos que você poderia reunir 5 mil deles num pedaço do céu do tamanho de uma lua cheia.
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Então… Por que eles se parecem com um monte de luzes de Natal? Boa pergunta. Essa imagem representa uma porção do Deep Field South Survey – a mais profunda visão de raio-x já tida do nosso universo, coletada a partir de cerca de 12 semanas de observação com o telescópio Chandra, o mais poderoso telescópio da NASA desse tipo. Como os buracos negros não emitem luzes, gases interestelares aquecem quando se aproximam do ponto de irreversibilidade (chamado de horizonte de eventos), produzindo rajadas de raios-x de alta energia.
Medir esses raios-x dá à Chandra uma maneira de marcar esses buracos negros e detectar sua formação e evolução por meio da história do universo. A luz então é deslocada para uma parte visível do espectro, para que o nosso cérebro consiga processar esses dados e ponderar melhor sobre a fragilidade da nossa existência. (Cores mais avermelhadas representar raios-x com menos energia, enquanto os mais azulados indicam emissões mais fortes de energia).
Todo o Deep Field South Survey, que foi publicado hoje durante uma coletiva de imprensa no 229º encontro da American Astronomical Society, contém milhares de buracos negros. A imagem mostrada aqui representa a porção central, onde os buracos negros são mais densos. Os pequenos pontos de luz no centro incluem buracos negros que estão a até 12,5 bilhões de anos-luz da Terra, ou seja, do outro lado do universo.
Pesquisas de campos ultra profundos como essa estão oferecendo descobertas sobre como os buracos negros supermassivos se formam – principalmente em rajadas, aparentemente, de “sementes” que pesam algo entre o equivalente a 10.000 e 100.000 massas solares. Mas há ainda muito mistérios sobre os buracos negros, incluindo como a variedade supermassiva encontrada nos centros de galáxias é capaz de consumir matéria suficiente para atingir rapidamente uma massa equivalente a bilhões de vezes a do nosso Sol.
[Chandra]