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Este implante de retina devolveu a visão a nove pessoas cegas

Um homem sai de um restaurante durante a noite e vê as luzes da rua e vitrines iluminadas de lojas. Ele está tão excitado com o espetáculo que se mantém parado por 10 minutos, apenas olhando. O motivo para a sua alegria por uma coisa tão simples é o fato de que ele normalmente é […]

Um homem sai de um restaurante durante a noite e vê as luzes da rua e vitrines iluminadas de lojas. Ele está tão excitado com o espetáculo que se mantém parado por 10 minutos, apenas olhando. O motivo para a sua alegria por uma coisa tão simples é o fato de que ele normalmente é completamente cego.

Este homem é um dos nove pacientes que receberam o dispositivo Alpha IMS, a mais recente prótese de retina que pode recuperar a visão de pessoas cegas.

A imagem acima é um raio-X de um dos pacientes, mostrando o chip implantado com fios ligando-o à retina, com botões atrás de cada orelha que podem ser usado para ajustar o brilho. Ele funciona com uma bateria sem fio que fica guardada no bolso.

Estes dispositivos só funcionam com pacientes que perderam a visão através de doenças como retinose pigmentar que destroem as células de detecção de luz nos olhos mas mantém os neurônios de processamento de visão intactos. Os dispositivos enviam os sinais diretamente para o cérebro.

O Alpha IMS se une ao Argus II – a única outra prótese visual que já superou os testes clínicos. O Argus II foi aprovado pelo US Food and Drug Administration, que controla medicamentos nos Estados Unidos, e já foi adaptado para permitir que pessoas cegas consigam ler Braille com a vista em vez do tato.

Mas estes dois dispositivos funcionam de formas bem diferentes. O Argus II converte vídeo de uma câmera em um óculos em sinais eletrônicos “mostrados” em uma grade de 60 eletrodos implantados na retina de uma pessoa.

Já o Alpha IMS detecta a luz que entra nos olhos em vez de usar uma câmera externa, o que significa que o paciente pode olhar ao redor movendo seus olhos em vez de precisar mexer a cabeça inteira.

Ele usa uma grade de 1.500 eletrodos implantados dentro, em vez de à frente, da retina: isso oferece maior resolução. Também faz uso do processamento natural de neurônios no meio da camada de retina que processa movimento e contraste. [Proceeding of the Royal Society B]

Imagem via Instituto de Pesquisa Oftalmológica, Universidade de Tübingen

New Scientist reporta, explora e interpreta os resultados das descobertas humanas no contexto da sociedade e da cultura, fornecendo uma cobertura ampla de notícias sobre ciência e tecnologia.

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