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Inglaterra enfrenta transmissão comunitária da varíola dos macacos; entenda

No Reino Unido, doença já parece estar se espalhando sem que o paciente tenha viajado para o exterior ou tido contato direto com uma pessoa infectada

Transmissão comunitária varíola

Imagem: Marcin Nowak/Unsplash/Reprodução

A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA) sugeriu nesta quarta-feira (1) que a Inglaterra já conta com transmissão comunitária da varíola dos macacos. Isso ocorre quando os casos da doença surgem sem que o paciente tenha viajado para o exterior ou tido contato direto (e consciente) com uma pessoa infectada. 

A maior parte dos casos da doença no Reino Unido foram registrados em Londres (132). O número sugere que a infecção, endêmica nas regiões da África Ocidental e Central, já está circulando entre os ingleses. 

A varíola dos macacos é transmitida através do contato próximo com as lesões de pessoas infectadas, gotículas respiratórias e também materiais contaminados, como roupas e roupas de cama. Ela costuma causar quadros leves, que passam de maneira natural após algumas semanas.

De toda forma, a doença pode ser perigosa para crianças, gestantes e imunossuprimidos. O Reino Unido celebrará entre os dias 2 e 5 de junho o Jubileu de Platina da Rainha Elizabeth, em homenagem aos 70 anos da monarca no poder. 

As festividades em meio ao surto da doença podem representar riscos aos britânicos. Até agora, não foram confirmadas mortes pela varíola dos macacos, mas seus sintomas podem levar mais pessoas às unidades de saúde, o que resulta na superlotação de hospitais. 

A transmissão da varíola dos macacos está sendo associada a bares gays, saunas e ao uso de aplicativos de encontros no Reino Unido e no exterior. Há 333 casos da doença confirmados em 23 países. No Brasil, três casos estão sob investigação.

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