Intel cunhou o termo “iPad” em 1994, e tentou lançar tablet em 2001

Antes que a Apple lançasse o iPad, em 2010, ninguém previa este nome para um tablet. Quer dizer, ninguém exceto o ex-vice-presidente da Intel, Avram Miller. Sim, as previsões de dispositivos semelhantes ao iPad existem há décadas. O filme 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick, tinha aparelhos semelhantes a tablets. E a […]

Antes que a Apple lançasse o iPad, em 2010, ninguém previa este nome para um tablet. Quer dizer, ninguém exceto o ex-vice-presidente da Intel, Avram Miller.

Sim, as previsões de dispositivos semelhantes ao iPad existem há décadas. O filme 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick, tinha aparelhos semelhantes a tablets. E a antiga empresa Knight Ridder divulgou em 1994 um vídeo-conceito para um tablet de notícias.

Mas muito antes de a Apple lançar seu tablet, já se falava em um iPad.

Em 30 de junho de 1994, a Associated Press descreveu a visão da Intel para a casa do futuro, centrada em uma “fornalha de informação”. Mas também há a menção de um dispositivo curioso: um I-pad, ou “bloco de informações”.

Da Associated Press:

“Um dos dispositivos mais interessantes é chamado de I-pad, um bloco de informações”, disse [Avram] Miller. “Seria um dispositivo com tela plana. Você pode escrever nele, tocá-lo. Você pode falar com ele e ele pode responder com voz. Seria sem fio, barato e teria diferentes formas na casa.”

Algumas formas primitivas de um “I-pad” são os dispositivos Apple Newton, Motorola Envoy e IBM Simon, que têm características de computação e comunicação.

O I-pad que a Intel mencionava em 1994 era mais ou menos um termo genérico para os gadgets que iriam interagir com a casa do futuro. Ainda assim, o nome e suas associações com “casas inteligentes” aconteceram mais de 15 anos antes de a Apple estrear o iPad.

A Intel ainda revelou um dispositivo IPAD na feira CES em 2001. O Intel Pad usava uma conexão sem fio ao seu PC para acessar a web – ele dependia de outro computador para funcionar. Ele tinha botões, roda de mouse e uma caneta para interagir com a tela.

Mas, segundo a CNET, ele acabou irritando as parceiras da Intel, já que poderia concorrer com produtos delas. A empresa então cedeu à pressão e cancelou o projeto.

Ainda hoje, a Intel tenta encontrar seu espaço no mercado de tablets com seus processadores, sofrendo forte concorrência da ARM. Há até rumores de que a Intel poderia fabricar chips para… o iPad. [Associated Press]

Imagem: gráfico da Intel Corp no jornal Cedar Rapids Gazette, 04 de julho de 1994

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