Inteligência artificial consegue fazer níveis de Doom tão divertidos quanto os originais

A capacidade técnica do programador John Carmack ajudou a criar o mundo 3D de Doom, o primeiro shooter que tomou o mundo de assalto há 25 anos. Mas foram os designers de níveis, como John Romero e American McGee que tornaram o game divertido de jogar. Os designers de níveis, no entanto, podem ter seus […]

A capacidade técnica do programador John Carmack ajudou a criar o mundo 3D de Doom, o primeiro shooter que tomou o mundo de assalto há 25 anos. Mas foram os designers de níveis, como John Romero e American McGee que tornaram o game divertido de jogar. Os designers de níveis, no entanto, podem ter seus empregos ameaçados pela crescente capacidade de inteligência artificial.

Um segredo satânico está escondido na trilha sonora do novo Doom
A importância do novo Doom para os jogos de tiro atuais

Uma das muitas razões por que Doom se tornou incrivelmente popular foi o fato que a id Software tornou disponíveis ferramentas que permitiam que qualquer um criasse seus próprios níveis do jogo, resultando em milhares de formas gratuitas de jogar novamente o game. O primeiro game 3D em primeira pessoa e seus níveis avançados de fase avançaram desde o lançamento do Doom original, no entanto o grande volume de personalizações fez com que o game fosse ideal para treinar uma inteligência artificial a criar níveis.

Trecho do jogo Doom gerado por IA da universidade italiana

Pesquisadores da Universidade Politecnico di Milano, na Itália, criaram uma rede adversarial generativa para a tarefa, que essencialmente usou dois algoritmos de inteligência artificial para se enfrentaram para otimizar os resultados. Um algoritmo recebeu milhares de níveis de Doom, que foram analisados por critérios como tamanho da fase, locais onde ficavam os inimigos e o número de salas. Então, isso foi usado para para que ele aprendesse a gerar suas próprias fases do Doom.

O outro algoritmo também estudou os mesmos níveis do primeiro, mas usou o que aprendeu para comparar as fases geradas pela inteligência artificial com as originais de Doom.

A ideia por trás disso é a seguinte: era se você conseguir enganar o segundo algoritmo ao fazê-lo pensar que uma fase criada pela máquina foi feita por um jogador real, então, isso quer dizer que a fase deve ser boa.

Poucas pessoas ainda jogam Doom ultimamente, mas essa abordagem de inteligência artificial aplicada para o designe de fases de jogo ainda está no início. Os algoritmos utilizados poderiam ser treinados em níveis de qualquer jogo em primeira pessoa lançado nos últimos 25 anos. Quanto mais fontes tiver para estudar, melhor os resultados serão.

Jogos gerados por máquina já existem há um tempo. É comum ter jogos que criam níveis únicos conforme o jogador vai evoluindo em um game. No entanto, eles geralmente não contam com complexidades e nuances de níveis feitos por pessoas. Existe uma razão para que monstros fiquem ocasionalmente escondidos logo atrás das portas em Doom — basicamente, para melhorar a experiência e manter os jogadores engajados. Mas agora que a inteligência artificial pode fazer algo parecido, nós talvez tenhamos jogos que podem gerar um número infinito de níveis, então você nunca se cansará de jogá-los.

[YouTube via Futurism]

Imagem do topo por Politecnico di Milano

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas