O iFixit teve tanto trabalho em desmontar o novo iPad que lhe deu nota 2 (de 10) no quesito “facilidade de conserto”. Eles até mesmo baixaram retroativamente a nota do iPad 2, caindo de 4 para 2. O Ars Technica diz que a dificuldade em abrir o iPad torna-o mais difícil de ser reciclado. Será mesmo?
Que o iPad é difícil de consertar, não há dúvida – o iPhone também é. A tela é fixa ao aparelho com cola “extremamente difícil de remover sem danificar o vidro”, diz o iFixit. Fora que os componentes são reunidos com muitos conectores e fita adesiva.
Mas difícil de reciclar? O presidente da SIMS Recycling Solutions, Steve Skurnac, disse em nota que “aparelhos selados tornam difícil a remoção das baterias”, e “os componentes perigosos [como as baterias] precisam ser facilmente separados e removidos”. Skurnac não cita diretamente o iPad.
Só que a Apple tem um programa mundial de reciclagem, inclusive no Brasil: eis os contatos para se desfazer das suas iCoisas. Ou seja, se reciclar for mesmo mais difícil – o que ainda não sabemos – a responsabilidade é da Apple. O iPad tem uma estrutura de vidro e alumínio recicláveis sem mercúrio, arsênico ou outras substâncias tóxicas de e-lixo. Segundo a Apple, “todo o lixo eletrônico coletado pelos programas voluntários da Apple… é processado na região onde o mesmo é coletado”.
O problema do e-waste é sério e já falamos sobre ele antes. Mas se o iPad 2 – cuja tela também é colada no aparelho – não chamou a atenção por problemas de reciclagem, imagino que o novo iPad também não terá esse problema. [iFixit via Ars Technica]
Foto por iFixit