James Webb não para: reveladas fotos da Nebulosa de Órion

Astrônomos querem entender melhor o que aconteceu no primeiro milhão de anos da evolução planetária
James Webb não para: reveladas fotos da Nebulosa de Órion
Imagem: NASA, ESA, CSA, PDRs4All ERS Team, S. Fuenmayor & O. Berné/Reprodução

As nebulosas são grandes aglomerados de poeira e gás. Por conta disso, é difícil observar seu interior com telescópios de luz visível, como o Hubble, já que essas nuvens gigantes acabam ficando obscurecidas. 

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Esse era um grande problema para os cientistas, já que é “dentro” da nebulosa em que ocorre o nascimento de estrelas. Agora, graças as ferramentas do Telescópio Espacial James Webb, que enxergam no espectro infravermelho, os astrônomos podem ter acesso ao berçário cósmico com mais facilidade. 

Esse avanço tecnológico ficou claro na recente foto da Nebulosa de Órion feita pelo maquinário. Ela foi obtida por um grupo de mais de 100 cientistas em 18 países que compõem o programa Early Release Science

O local está relativamente próximo da Terra em escala astronômica, a apenas 1.350 anos-luz de distância. De acordo com os pesquisadores, as novas observações permitirão a eles compreender melhor como as estrelas massivas transformam a nuvem de gás e poeira em que nascem, elucidando questões sobre o avanço do Universo.

James Webb não para: reveladas fotos da Nebulosa de Órion

Comparação entre imagens da Nebulosa de Órion obtidas pelo telescópio Hubble e telescópio James Webb. Imagem: NASA/Reprodução

Na imagem do James Webb, é possível observar diferentes estruturas da nebulosa, como filamentos densos de matéria em que são geradas as novas estrelas. Na região central da foto, vê-se ainda a proto-estrela θ2 Orionis A, que está cercada por um disco de poeira e gás.

A θ2 Orionis A pode ser vista a olho nu da Terra, contanto que o observador esteja em uma região com pouca interferência luminosa. Para ter uma noção, seu brilho é 100 mil vezes superior ao do Sol. 

De acordo com os astrônomos, a foto mostra a primeira geração de estrelas que está surgindo e, consequentemente, irradiando material para a formação da próxima geração. Com o estudo, a equipe poderá entender o ciclo de nascimento desses objetos, remontando ao que aconteceu no primeiro milhão de anos da evolução planetária.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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