Fique esperto, 2015: você pode ter sido o ano mais quente da série histórica, mas 2016 já chegou com tudo em questão de calor. Segundo dados publicados esta semana pela NASA, a temperatura em janeiro foi novamente um recorde — o mês mais quente em 135 anos.
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Isso parece uma história familiar, porque é mesmo. Afinal, todos meses desde abril de 2015 têm quebrado o recorde de temperatura de seu correspondente no ano anterior.
E 2015 acabou em um impacto escaldante: dezembro de 2015 teve a temperatura mais anômala, com uma variação média de 1,11 grau Celsius mais quente que a série histórica.
Dezembro de 2015 mal teve tempo de ostentar seu título e aí chega janeiro que, em mais um ano, com sua atmosfera carregada de carbono, quebrou mais uma vez o recorde. Globalmente, as temperaturas dos meses anteriores estavam 1,13 grau Celsius acima da média.
Dados de gelo marítimo no Ártico de 3 de fevereiro mostra outro recorde negativo, via NSIDC
Há algumas coisas que devemos notar sobre as temperaturas anômalas do mapa no início do post. Primeiro, a mancha quente perto do Pacífico Equatorial é um sinal indicativo do El Niño.
Segundo, apesar de o El Niño ter agido durante todo o ano, ele não pode ser responsabilizado pelo calor que está rolando no Ártico, onde a média das temperaturas estão entre 4 e 12 graus Celsius acima do normal em alguns lugares no último mês, levando a um novo recorde negativo no nível de gelo marítimo.
Mesmo que o El Niño mostre seus primeiros sinais de fraqueza, 2016 está prestes a se tornar mais um recordista, aumentando o prospecto de três anos seguidos (2014, 2015 e 2016) mais quentes de que se tem registro – o que já seria outro recorde. Parece loucura, mas se continuarmos assim, isso provavelmente vai acontecer.
[NASA via Climate Central]