Um dos países mais antigos do mundo está adotando novos passos para manter registros de idosos: adicionando códigos de barra em seus dedões da mão e na unha do pé. É esquisito, mas potencialmente esta medida pode salvar vidas.
• Como QR codes funcionam — e por que eles são tão ruins
• A história da origem dos códigos de barras
Uma companhia em Iruma, uma cidade que fica a 64 km de Tóquio, lançou um sistema de identificação para idosos com demência, que é a perda ou redução de capacidades cogntivas. Para isso, eles colocam um adesivo de uma polegada com um QR code nessas pessoas. Esta espécie de selo é resistente à agua e aguenta até duas semanas. O código tem um registro com o nome do paciente, endereço, número de telefone e quem deve ser contatado, caso eles estejam perdidos. O QR Code não monitora os movimentos dos pacientes, porém, ele conta com informações específicas que podem ser escaneadas por autoridades policiais.
Um em cada três japoneses tem mais de 60 anos, e o site local Yomiuri estima que mais de 3000 pessoas já contam com sintomas precoces de demência. O Guardian diz ainda que no último ano, mais de 12 mil pessoas com demência foram reportadas como desaparecidas. A maioria delas foram encontradas em alguns dias, mas pouco mais de 450 foram encontradas mortas — outras 150 nunca foram achadas.
Pode parecer uma medida quase distópica, mas isso é algo muito próprio do Japão. Já existe uma economia de equipamentos de monitoramento de identificação, passando por dispositivos GPS de bolso e até por solas vestíveis.
Enquanto não há registros de preocupação com privacidade ao fazer pessoas andarem com um adesivo com dados pessoais em seus dedos, infelizmente não há muito o que fazer com pessoas que são diagnosticadas com demência. É esquisito e até mesmo desolador, mas se a medida [no caso o adesivo] ajuda a prevenir que entes queridos desapareçam, pode valer bastante a pena.
[BBC]
Foto do topo por TOSHIFUMI KITAMURA/AFP/Getty Images