Jaqueta inteligente faz futuro da conectividade parecer menos invasivo – e mais elegante
O futuro da conectividade e a interação digital em objetos que fazem parte do cotidiano, como tecidos, foram temas do painel “Além das telas: a ubiquidade da conectividade”, uma das milhares de atrações da 31ª edição do festival South by Southwest, o SXSW, em Austin, no Texas, que acabou nesse domingo.
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A mesa contou com a presença de Paul Dillinger, VP de inovação da Levi’s, e Ivan Poupyrev, do Google. Eles apresentaram como resultado da parceria entre as empresas uma “smart jacket”, a Levi’s Commuter Trucker Jacket.
A roupa marca o lançamento do primeiro produto comercial que usa a tecnologia Jacquard, projeto do laboratório de pesquisas avançadas do Google, a divisão ATAP. Fibras metálicas são inseridas no tecido para que a roupa possa funcionar como uma espécie de dispositivo conectado, mandando informações para gadgets, como um celular.
A importância da tecnologia para o mercado de wearables, que deve movimentar U$ 34 bilhões em 2020 de acordo com CCS Insight, é que a conexão acontece sem que seja necessária qualquer tela ou equipamentos mais invasivos.
Com um toque no dispositivo localizado na abotoadura da manga, o usuário pode, por exemplo, mudar a música que está ouvindo no seu iPhone. A bateria da abotoadura dura dois dias. E, sim, a jaqueta pode ser lavada normalmente, apesar das fibras metálicas. Basta tirar a abotoadura do casaco antes de colocá-lo na água.
O lançamento da jaqueta estava previsto para a primavera americana, entre março e junho, mas foi adiado. Agora, a promessa é que ela chegue ao mercado a partir de julho, custando US$ 350.