Uma das políticas mais controversas de Elon Musk no início de sua administração do Twitter, foi a demissão em massa de centenas de funcionários da empresa. De acordo com a imprensa americana, mais de 50% dos trabalhadores da plataforma foram cortados só nas primeiras semanas da gestão do bilionário sul-africano.
Entre os demitidos estavam executivos do alto escalão da empresa, incluindo o então CEO, Parag Agrawal, que substituiu o co-fundador da rede social, Jack Dorsey, e não chegou a completar um ano no cargo.
Parte dos trabalhadores cortados se juntaram e foram à justiça por meio ação coletiva contra o Twitter. No entanto, os ex-funcionários da empresa foram forçados a desistir do processo conjunto, pois, de acordo com seus contratos, são obrigados a se submeter a uma “arbitragem”.
Arbitragem é um tipo de julgamento mediado por um juiz particular escolhido em consenso por ambas as partes, e que é decidido a portas fechadas. O objetivo é evitar burocracia e acelerar o processo de resolução dos casos, que podem demorar alguns anos a depender da complexidade, caso sejam conduzidos pela justiça convencional.
No entanto, há um grande problema: muitos trabalhadores desistiram de participar dos acordos de arbitragem. O juiz da ação afirmou que irá tratar essa situação analisando caso a caso.
Grande parte dos funcionários demitidos afirmam ter sido enganados pelo Twitter. De acordo com informações da Bloomberg, uma advogada que defende ex-trabalhadores do Twitter entrou com cerca de 500 ações representando seus clientes.
Além dos demitidos, centenas de funcionários pediram desligamento do Twitter e pediram desligamento da empresa por discordarem do “regime de trabalho hardcore” proposto por Musk. A saída de profissionais de áreas essenciais para a rede social funcionar deixou usuários com receio de que a plataforma fosse sair do ar, o que acabou não acontecendo.