Justiça dos EUA culpa motorista por atropelamento com carro autônomo

Investigadores disseram que o carro viu a vítima, mas não parou automaticamente, e que a motorista demorou a frear
Uber vai deixar você ver quantas estrelas ganhou do motorista
Imagem: Unsplash/Reprodução

A motorista do programa de testes de veículos autônomos da Uber, Rafaela Vasquez, se declarou culpada por atropelar e matar Elaine Herzberg, de 49 anos, em Tempe, Arizona, em março de 2018. Ela foi condenada a três anos de liberdade condicional na última sexta-feira (28).

Acredita-se que o acidente seja a primeira colisão fatal envolvendo um veículo de teste autônomo. Contudo, a Tesla, de Elon Musk, já enfrentou acusações semelhantes. No momento da colisão, o veículo operava em modo autônomo enquanto a vítima empurrava uma bicicleta na rua.

De acordo com a polícia, a motorista estava assistindo ao programa de TV “The Voice” em seu celular. Mas, segundo Vasquez, ela estava monitorando os sistemas do veículo e desviou o olhar da estrada antes da colisão.

Investigadores disseram que o carro viu Herzberg, mas não parou automaticamente, e que a motorista demorou a frear. O carro detectou Herzberg atravessando a rua com sua bicicleta cerca de 5 segundos antes do impacto, mas não a identificou como um ser humano na estrada.

Qual o desfecho do acidente com carro autônomo da Uber

Em 2019, a promotoria do Arizona determinou que a Uber não enfrentaria acusações criminais pelo acidente. Entretanto, uma revisão do NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes) apontou na empresa “procedimentos inadequados de avaliação de risco de segurança”, monitoramento “ineficaz” de motoristas de backup e falha em lidar com a “complacência de automação” de seus motoristas de segurança.

O caso levantou questões sobre os testes de veículos automáticos, bem como a responsabilização em casos de possíveis acidentes. A Uber fechou um acordo com a família de Herzberg por uma quantia não revelada e interrompeu temporariamente seus testes de direção autônoma.

Além disso, a configuração de fábrica do veículo para frenagem automática de emergência foi desativada para evitar conflitos com o software de direção automatizada. Por fim, a empresa transferiu seu programa para empresa Waymo, da Alphabet.

Com informações do The Verge e Arizona Republic.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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