Novos contratos de Keanu Reeves proíbem IA em seus filmes
O ator libanês Keanu Reeves revelou que proíbe os estúdios de editar as suas cenas em filmes usando recursos IA (inteligência artificial) e deepfake. Segundo o ator, esse tipo de tecnologia é “assustadora”.
Durante entrevista para o site Wired, Reeves disse que tem incluído uma cláusula em seus contratos impedindo a manipulada digital sem a sua autorização expressa.
Conhecido por sua atuação na franquia “Matrix”, em que o seu personagem Neo luta contra as máquinas. O ator diz que se interessa por histórias de como os humanos interagem com as tecnologias. Porém, ele classifica o deepfake como algo frustrante.
Terra do deepfake
Ele recorda que, no início de sua carreira, ficou espantado que uma de suas cenas foi editada para incluir uma lágrima em seu rosto. “Quando você atua em um filme, sabe que vai ser editado, mas está participando disso. Se você entrar na terra do deepfake, não terá nenhum dos seus pontos de vista”, disse Keanu Reeves.
Conforme apontou o PetaPixel, Reeves não é o primeiro ator a se pronunciar contrário às tecnologias IA. Robert Pattinson se diz aterrorizado com os conteúdos deepfake de si mesmo compartilhados nas redes sociais.
Na conta Unreal Robert Pattinson do TikTok, por exemplo, o ator afirma que suas imagens deepfakes são tão convincentes que ele começa a questionar o futuro de sua carreira.
Apesar da opinião contrária dos atores, os cineastas estão cada vez mais utilizando recursos IA em suas produções. Geralmente, a tecnologia é usada para editar a atuação de atores quando não há tempo ou orçamento disponível para refazer as cenas durante o trabalho de pós-produção.
No filme “A Queda” (2022), por exemplo, a produtora Lionsgate precisou usar o deepfake para reduzir o número de palavrões ditos nas cenas, com o objetivo de baixar a classificação indicativa do filme para os cinemas.