O Kinect está morto, mas suas tecnologias revolucionárias vivem em aparelhos como o iPhone X

A Microsoft matou o Kinect sete anos depois de introduzi-lo como o acessório para Xbox que pavimentou o caminho para a identificação 3D e tecnologias de assistência virtual que em breve serão onipresentes. Mas o revolucionário sensor de profundidade continuará a existir em diversos produtos, incluindo o iPhone X. A Fast Company reporta que a […]

A Microsoft matou o Kinect sete anos depois de introduzi-lo como o acessório para Xbox que pavimentou o caminho para a identificação 3D e tecnologias de assistência virtual que em breve serão onipresentes. Mas o revolucionário sensor de profundidade continuará a existir em diversos produtos, incluindo o iPhone X.

A Fast Company reporta que a Microsoft encerrou a produção do dispositivo que reconhece voz e movimentos, baseado em entrevistas com o gerente geral da Microsoft, Matthew Lapsen, e o criador do Kinect, Alex Kipman.

Mas a startup israelense PrimaSense desenvolveu o sensor do Kinect, e a Apple adquiriu a companhia em 2013. Este investimento finalmente será quitado (ou talvez não) com o iPhone X. Dentro do entalhe superior do celular está o Face ID, uma câmera infravermelha com sensores de profundidade que utiliza algoritmos parecidos com os do Kinect para mapear rostos.

Quando a Microsoft introduziu o Kinect em 2010, o Gizmodo chamou o dispositivo de “o futuro dos jogos” e possivelmente o futuro de “todos os computadores”. O acessório emitia milhares de feixes de luz infravermelha que capturavam o movimento de qualquer objeto que bloqueasse estes feixes.

Em 2013, a Microsoft introduziu uma versão atualizada do Kinect para o Xbox One. A função de reconhecimento de voz permitia aos usuários navegar pelo sistema, pela internet, customizar configurações, alternar entre aplicativos abertos e fazer ligações pelo Skype. Nossa resenha inicial da tecnologia classificou o sistema de reconhecimento de voz como “fantástico” nas melhores circunstâncias. E a nova câmera e sensor podiam identificar usuários que ficassem na sua frente. Mas é claro, este tipo de função já é comum hoje, mas na época ela nos surpreendeu bastante:

Não existem palavras para descrever o que eu sinto quando sento em frente ao Xbox One para jogar um pouco e um grande  “Bem-Vindo Eric!” aparece pois o sistema me conhece. Tá bom, pensando bem, deixa eu tentar algumas palavras: incrível, super legal, virtuoso, futurista.

Mas apesar da Microsoft supostamente ter vendido 35 milhões de unidades nos últimos sete anos, a tecnologia falhou nos jogos. O produto não era perfeito. Como o Gizmodo mencionou na resenha, ele sofria com lentidões e não funcionava tão bem quando usado com vários usuários. Controlar jogos por movimento também não se igualava ao teclado e controles. Em 2014, a Microsoft teve de vender uma versão mais barata do Xbox One sem o Kinect.

No entanto, o dispositivo foi vendido independentemente do console e se tornou popular entre artistas digitais, hackers de hardware, investigadores do paranormal e outros comunidades de ‘faça você mesmo’.

Mas a Microsoft diz não ter desistido do Kinect. “A fabricação do Kinect para o Xbox One acabou, mas não é o fim da jornada da tecnologia”, disse um porta-voz da Microsoft para o Gizmodo. “O Kinect continua a satisfazer dezenas de milhões de donos de Xbox e inovações do Kinect continuam vivas no Xbox One, Windows 10, Cortana, Windows Holographic e em futuras tecnologias”.

Em outros palavras: O Kinect está morto – vida longa ao Kinect.

Mas é claro, a declaração da Microsoft não menciona que o espírito do Kinect também sobreviverá no iPhone X, que estará disponível a partir da semana que vem.

[Fast Company]

 

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