Quando um vídeo game retrata algum tipo de conduta criminosa, eu tento imaginar um bandido com um coração de ouro. Atropelar inocentes não traz nenhuma emoção em algo como Grand Theft Auto. Na verdade, eu interpreto isso como um sinal de que dirijo muito mal.
Tudo isso está em Reckless Getaway por Polarbit/Pixelbite, (para todos os dispositivos iOS) o que coloca você atrás de um volante de um muscle car dos anos 70 tentando fugir de uma perseguição policial até a divisa do estado. No final das contas, eu acabei achando o desafio de não fazer muita bagunça muito grande, e a diversão por embarcar da zoeira um pouco fraca.
O grande problema de Reckless Getaway é a falta de controle de velocidade. Você só pode manipular isso com um power-up de turbo. Caso contrário, sua única preocupação é desviar para esquerda ou direita. É um design bastante simples, mas como o trânsito em frente é sempre muito lento, e os policiais atrás de você sempre muito rápidos, isso deixa apenas esquerda e direita para escapar, e infelizmente os controles são meio desleixados.
Desviar no último segundo dos carros que estão vindo em sua direção é uma boa maneira de causar um acidente os automóveis que estão te perseguindo, mas você tem tanta chance de bater de frente com um dos carros quanto eles, se não mais. Desviar dos carros no lado direito é um pouco mais fácil, mas os policiais vêm direto da academia de policia dos videogames, o que significa que às vezes eles vão praticamente se teleportar e fazer manobras guiadas a laser para fazer com que perca o controle e saia da estrada. Você pode usar a agressividade deles contra eles mesmos, mas é preciso muita coragem.
http://www.youtube.com/watch?v=42afD5ZzGlY
Em termos de controle, é fácil ver porque a Pixelbite tornou tudo tão focado em dirigir feito um bêbado costurando a pista. Você supostamente está digirindo como em um filme clássico sobre fuga, faltando apenas o acompanhamento de banjo e perder mais calotas do que você tem. Atravessar o canteiro entre as duas pistas faz com que você perca um pouco o controle e saia cantando pneu uma vez que você atingir o asfalto de novo. Um leve toque para esquerda ou direita faz com que a suspensão balance e os pneus cantem. É impossível dirigir com precisão, o que provavelmente é o ponto aqui.
Avançar em Reckless Getaway é fácil; eu nunca fiquei sem vidas antes de terminar uma corrida. Mas os estágios mais avançados (são 16 ao todo) são desbloqueados uma vez que você conseguir um total de estrelas para cada nível (um a quatro), e batidas causam a maior penalidade nessa classificação. Eu praticamente nunca terminei uma corrida sem destruir o carro completamente e eu não curti muito que o conteúdo do jogo fosse tão dependente de um objetivo arbitrário de desempenho.
Ao longo do caminho, você é encorajado a pegar moedas para aumentar a pontuação e power-ups que permitem que você pule, corra mais rápido por um breve período, e uma arma bastante útil que empurra todos os veículos para longe do seu caminho.
Meu problema pode ter sido que eu estava dirigindo com cuidado excessivo; quando você começa a empurrar minivans e sedans pra fora da estrada, a sua pontuação total sobe rápido. O sucesso depende em você abandonar sua consciência e criar um monte de viúvas e órfãos em seu trajeto enlouquecido.
Por custar U$2,99 eu gostaria de pelo menos mais um modo de jogo, talvez uma corrida sem fim, ou com tempo, algo que representasse uma alternativa à ficar caçando estrelas para conseguir ver mais pistas. Do jeito que está, quando eu tentei novamente a quinta fase e consegui só duas estrelas nela pela quinta vez (e você precisa de uma média de três estrelas para passar), eu já estava prestes a arrancar os cabelos.
Reckless Getaway [iTunes]