A Capela Sistina será iluminada por 7.000 LEDs brilhantes em breve
Talentosos com pincéis nas mãos, os mestres do Renascimento não entendiam muito de preservação artística. Então ao longo dos anos as pinturas deles desbotaram com a exposição à luz solar. Mesmo a obra-prima de Michelangelo no teto da Capela Sistina foi submetida a danos causados pelo sol até o Vaticano selar suas janelas na década de 1980.
Depois do Vaticano cobrir as janelas da Capela Sistina, a obra-prima de Michelangelo foi deixada no escuro. Mas em vez de afastar os milhões de visitantes que esperam contemplar o trabalho todos os anos, o Vaticano instalou uma iluminação de halogêneo de baixa energia que protege os pigmentos da pintura – ao custo de obscurecer os detalhes finos e cores vibrantes. Não foi a solução ideal, mas ao menos a obra-prima ficou protegida de danos.
No entanto, para garantir que entusiastas de arte façam a peregrinação até o Vaticano para apreciar o melhor da obra de Michelangelo, a Capela Sistina vai ativar um novo sistema de iluminação LED criado pela Osram para colocar as melhores luzes possíveis para a peça.
Cerca de 7.000 LEDs são especialmente calibrados com um algoritmo sofisticado de correção de cores para iluminar o teto, para que as cores sejam as mais próximas do que Michelangelo queria que fossem, já que historiadores de arte acreditam que ele misturou e escolheu as cores usando a luz do dia, que tende a ser um pouco mais fria do que a de lâmpadas halógenas e velas.
Apropriadamente programado para os próximos meses para coincidir com as comemorações do aniversário de 450 anos da morte de Michelangelo, o sistema também tem como vantagem o fato dos LEDs serem frios e rodarem sem nenhuma luz dos espectros infravermelho e ultravioleta, que podem danificar a obra de arte. Como resultado, o sistema de iluminação será instalado dentro da sala, e foi projetado para se esconder atrás de uma borda estreita no interior da Capela Sistina. Assim, as luzes não vão distrair os visitantes da verdadeira estrela do show. [Osram via The Atlantic]
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