Estas lentes biônicas permitem focar em diferentes distâncias sem a perda de qualidade visual

Uma visão biônica que atualiza de acordo com a distância observada pode estar prestes a deixar de ser um apetrecho de filmes de ficção cientifica. Pelo menos é o que prometem as Bionic Lens de uma companha canadense. Atualmente em fase de testes clínicos, as lentes da Ocumetics Technology Corporation prometem restaurar a visão para […]

Uma visão biônica que atualiza de acordo com a distância observada pode estar prestes a deixar de ser um apetrecho de filmes de ficção cientifica. Pelo menos é o que prometem as Bionic Lens de uma companha canadense.

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Atualmente em fase de testes clínicos, as lentes da Ocumetics Technology Corporation prometem restaurar a visão para todas as distâncias sem qualquer problema de qualidade visual, regular o próprio olho para focar em diferentes distâncias e focar em algo por longos períodos sem cansar a vista, já que ela usa apenas 1/100 da energia necessária pelas lentes normais para funcionar.

Como explica o Big Think, o visor de um relógio que você consegue ver a 3 metros poderia ser visto com a mesma qualidade a 9 metros de distância com as lentes biônicas. Isso se dá porque a lente se regula aos músculos, mudando a curvatura natural dos olhos e permitindo focar em distâncias diferentes. Ela ainda permite medidas quase telescópicas. “Se você olhar para uma pequena farpa nos seus dedos, por exemplo, você poderia ver o detalhe celular dela”, explica o site. A lente poderá também receber atualizações e modificações, como a possibilidade de projetar a própria tela do celular nos olhos.

Se tudo correr bem durante os testes clínicos, a previsão é que a lente seja disponibilizada para venda nos próximos dois anos. E a instalação dela é feita da mesma forma que a cirurgia de catarata, o mais comum procedimento cirúrgico, e a promessa é que ela seja “mais gentil” que cirurgias à laser.

Garth Webb, o cientista por traz das Bionic Lens, explica que ele criou as lentes para “fazer nossa vida funcionar melhor” e para “nos permitir integrar uniformemente com todo o mundo digital”, explica em um vídeo.

“Minha humilde percepção é que os seres humanos serão o centro da atividade da inteligência artificial. Então, acredito que iremos filtrar e comandar uma inteligência artificial que estará ou na nossa cabeça, ou em nosso relógio, ou talvez em ambos. Então, isso, se me permitir, é aumentar o ser humano para além do que normalmente antecipamos”.

Webb comenta que, eventualmente, humanos que não fizerem uso das lentes biônicas passarão por uma injusta desvantagem em comparação a aqueles que a usam. Ele explica também que elas não são a cura para todos os males da visão. As Bionic Lens, por exemplo, não curam daltonismo, visão turvada ou degeneração macular. Elas podem, no entanto, melhorar vistas antigas que se deterioraram com o passar dos anos.

Os primeiros a ganharem a visão ciborgue terão de desembolsar U$ 3.200 pelas lentes biônicas, valor que não inclui o custo da cirurgia.

Ninguém disse que visão biônica seria barato, mas, caso elas cumpram o que promete, definitivamente será um bom valor para se investir. Eu adoraria não precisar mais apertar os olhos para enxergar placas a metros de distância, por exemplo.

[Big Think]

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