Enquanto o Office da Microsoft migra para a nuvem e outras soluções semelhantes, como o Google Docs, permanecem por lá, o LibreOffice mantém uma linha mais conservadora, sendo uma suíte quase que totalmente offline. A nova versão, 4.0, melhora em alguns pontos importantes e outros nem tanto — ele agora suporta temas.
Um fork do OpenOffice (que desde a venda da Sun está sob os cuidados da Oracle Fundação Apache), o LibreOffice surgiu, em 2010, com a promessa de atualizações mais rápidas e foco em compatibilidade com arquivos Open XML, padrão do Microsoft Office — por padrão, ele salva e abre numa boa arquivos do padrão OpenDocument. A versão 4.0, lançada hoje, dá alguns passos nesse sentido: a manipulação de arquivos pesados está mais ágil e a compatibilidade com documentos DOCX e RTF foi melhorada, incluindo suporte a comentários e anotações. Agora é possível, também, importar arquivos do Publisher, e a compatibilidade com os gerados pelo Visio foi aperfeiçoada.
Para não ficar só nessa corrida em busca da compatibilidade plena com os arquivos da suíte rival, o LibreOffice ganhou alguns truques que, vá lá, não são os mais úteis do mundo, mas devem ganhar a simpatia dos usuários. No Ubuntu, é a primeira versão compatível com os menus universais da Unity, a la OS X. Para todos os sistemas, foi adicionado suporte àqueles temas “Personas” do Firefox. Outra novidade, essa com bastante apelo para os usuários do Impress (o PowerPoint do LibreOffice), é um app para Android que permite controlar apresentações remotamente.
Foram feitas, ainda, várias correções e outras adições menores. Como sempre, o LibreOffice 4.0 é gratuito, open source, está em português do Brasil e pode ser baixado aqui. [LibreOffice]