Seria neste ano, mas a chegada da Amazon em território brasileiro, ao que tudo indica (inclusive a “furada” na última data cogitada para a estreia, 1º de setembro), a gigante do varejo norte-americana só desembarcará no Brasil em 2013. Aproveitando que Jeff Bezos pisou no freio no seu plano de expansão para nosso país, a Livraria Cultura fechou uma parceria com a canadense Kobo para vender desde já ebooks e, ora, ora, e-readers por aqui.
Segundo a Época, o início das vendas deve acontecer no final de outubro e a opção pela Kobo se deve à abertura da loja — os ebooks são no formato ePub, que funcionam em vários equipamentos e não ficam trancados em um ecossistema, como o AZW usado na Kindle Store da Amazon. O número de equipamentos, que acabaram de ser atualizados lá fora, ainda não foi decidido; será no mínimo um, o Kobo Touch, mas o número pode chegar a até quatro e nenhum deles deve custar mais do que R$ 500. No hemisfério norte o Kobo Touch sai por US$ 129, o que torna esse teto de R$ 500 para a versão nacional um pouco… salgado.
A iniciativa é fruto de uma união das duas empresas, ou um “co-branding”, o que significa que os dispositivos virão com logotipos de ambas e todo o conteúdo será trabalhado pelas dupla também. E por falar em conteúdo, inicialmente a Cultura comercializará todo o acervo de 3 milhões de livros da Kobo, a maioria, presumivelmente, em idiomas estrangeiros. De livros em português, serão 15 mil títulos num primeiro momento. A Época especula que o preço médio dos ebooks já praticado pela Cultura, entre R$ 15 e 30, deve ser mantido.
Não é a primeira vez que a Cultura aposta em um e-reader — o Alfa, da Positivo, foi lançado por ela com exclusividade. Não foi exatamente um sucesso e esperamos que essa experiência tenha ensinado algumas lições e que, dessa vez, a história seja diferente. [Época]