Deixar o macarrão ou o arroz na geladeira de um dia para o outro pode fazer com que eles tragam mais benefícios à saúde.
Na verdade, resfriar alimentos ricos em amidos pode causar algumas mudanças em sua estrutura. A principal delas é a transformação de amido regular para amido resistente.
Isso porque o processo de cocção e depois a queda da temperatura fazem com que as moléculas de amido do alimento fiquem compactadas. O que, por sua vez, as deixa mais difíceis de digerir.
De modo geral, essa versão está associada a menores níveis de açúcar no sangue, melhora na saúde intestinal e risco menor de certos tipos de câncer. Mas por quê?
O diferencial do amido resistente
Em geral, quando o amido resistente está presente em um alimento, isso faz com que sua digestão seja mais lenta. Dessa forma, as moléculas de açúcar não são tão facilmente quebradas e absorvidas na corrente sanguínea, o que evita que o nível de glicose no sangue aumente muito.
Por este motivo, essa técnica pode ser especialmente útil para pessoas com diabetes tipo 2 ou pré-diabetes, por exemplo. Além disso, como faz o alimento permanecer por mais tempo no intestino, o amido resistente também alimenta as boas bactérias.
Isso estimula a microbiota intestinal, resultando em menores níveis de colesterol, inflamação, e melhor saúde do intestino em geral.
Além disso, cozinhar e resfriar um alimento rico em amido aumenta também seu teor de fibra. Esse nutriente, quando consumido com o amido resistente, oferece todos os benefícios que costuma ter — menor risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer –, sem provocar o inchaço e os gases que às vezes podem causar.
Além do arroz e macarrão: para inserir amido resistente na dieta
De modo geral, o amido resistente também está presente em alimentos naturais sem necessidade de resfriamento. Alguns exemplos são os grãos integrais, nozes, sementes e feijões.
Mas o processo de cozinhar e resfriar também é eficiente. Além do arroz e do macarrão, você pode fazer isso com as batatas, por exemplo.
Outras frutas e verduras ricas em fibras são abacaxi, ameixa, banana, laranja, kiwi, mamão, maçã com casca, brócolis, couve, espinafre, repolho, vagem, rúcula e escarola, entre outros.