Made in Brazil Banda larga para toda a zona rural em cinco anos

  Achar banda larga na zona rural hoje é quase impossível. Isso deve mudar a partir do ano que vem: o Ministério das Comunicações quer levar serviços de telefonia e banda larga sem fio para toda a zona rural, onde moram cerca de 20% da população brasileira.  

Achar banda larga na zona rural hoje é quase impossível. Isso deve mudar a partir do ano que vem: o Ministério das Comunicações quer levar serviços de telefonia e banda larga sem fio para toda a zona rural, onde moram cerca de 20% da população brasileira.

Foi publicada ontem, no Diário Oficial, a portaria que cria o Programa Nacional de Telecomunicações Rurais. A meta do Ministério das Comunicações é cobrir toda a área rural com serviços de telefonia e banda larga em cinco anos, começando no primeiro semestre de 2010. A prioridade será dada para serviços sem fio: a Anatel deve realizar a licitação da frequência de 450 MHz ainda este ano.

E o foco estará nas escolas: o governo deve cobrar menos pelas licenças, mas quem vencer o leilão deve levar internet rápida e gratuita para todas as escolas públicas na zona rural.

Este projeto de "internet para todos" traria muitas vantagens pra quem mora na zona rural. Agricultores podem ficar melhor informados e conectados, seja pela internet, seja por telefone. Abre-se um mundo novo para estudantes até então desligados da rede mundial de computadores. E quase metade da população rural dos EUA usa banda larga: universalização da internet não é novidade no mundo.

Mas temos que reconhecer as limitações de um projeto assim: por mais que a portaria exija "mecanismos que assegurem a modicidade de preços" — isto é, preços camaradas — construir torres e comercializar telefone e internet em vilarejos pequenos, com população sem muito poder aquisitivo, custa muito e pode não dar retorno. E alguns vilarejos nem possuem energia elétrica, apesar de o governo garantir universalização do acesso à energia elétrica até 2008. Mas, se o ministério levar isso em conta — e torcemos que sim —, o projeto pode dar certo. [G1]

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