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Made in Brazil Solução da banda larga popular já existe: chama-se lan house

A gente sabe que o pessoal das classes C, D e E não está esperando o governo chegar com o plano nacional de banda larga, com custo estimado de R$180 bilhões até 2014, para acessar a internet — quem não tem dinheiro para comprar computador e pagar provedor, usa a lan house. Então por que o governo não investe nelas?

A gente sabe que o pessoal das classes C, D e E não está esperando o governo chegar com o plano nacional de banda larga, com custo estimado de R$180 bilhões até 2014, para acessar a internet — quem não tem dinheiro para comprar computador e pagar provedor, usa a lan house. Então por que o governo não investe nelas?

A ideia vem do Gilberto Dimenstein, que fez as contas: existem 108 mil LAN houses no Brasil, de onde 31 milhões de pessoas acessam a internet todo ano — ou quase metade dos internautas brasileiros. Desse total, 24 milhões são das classes C, D e E. Ou seja, investir nas LAN houses é uma ótima forma de inclusão digital.

Mas onde investir? Primeiro, tirando-as da ilegalidade: 85% das LAN houses são totalmente informais, sem autorização oficial para funcionar. Segundo, fornecendo recursos para melhorar o acesso à internet e os computadores. E, terceiro, apoiar as LAN houses para que se tornem centros digitais comunitários:

[As LAN houses] Poderiam ser tanto um "poupatempo", aproximando o cidadão dos serviços públicos, como uma extensão da sala de aula. Em algumas cidades, criaram o vale-internet: o aluno recebe o vale e pode gastá-lo numa lan house que oferece um professor.

Provavelmente isto custaria bem menos que o projeto de levar cabos e banda larga pra todo mundo como o governo quer, ou pelo menos poderia ser um complemento ao projeto grandioso. O estudo completo está aqui: [A Explosão das Lan Houses (pdf) via Catraca Livre via Gilberto Dimenstein; imagem de WikiMapa]

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