Made in Brazil Transmissão da Indy em 3D foi um sucesso, aparentemente
A SP 300, primeira prova da Indy no Brasil que rolou ontem em São Paulo, foi transmitida ao vivo em 3D. E não foi só o pessoal de dentro do autódromo que conseguiu assistir: a Net fez uma transmissão experimental (por um canal da Net HD Max) que pôde ser acompanhada em um bar de São Paulo. Quem esteve lá gostou bastante.
Obviamente que para transmitir em 3D, a imagem deveria ser capturada em 3D com câmeras que possuem duas lentes perfeitamente paralelas. Esse sinal duplo passa pela pós-produção e é transmitido (tudo sem delay). Como ainda não há muitas dessas câmeras no Brasil, na Indy tridimensional só dava pra ver a corrida de 3 ou 4 ângulos diferentes. Mas o povo do camarote curtiu, como conta o Jefferson, nosso leitor que viu tudo e nos contou por e-mail:
Sobre a qualidade, muito superior à do cinema. Como os óculos são ativos, e não passivos, a imagem não precisa do "coating" na tela, o que deixa a imagem com mais brilho e nitidez. Outra coisa a ser lembrada é que é muito mais confortável para os olhos, sem dor de cabeça nenhuma.
No bar (Posto 6, na vila Madalena), a transmissão rolou em 3D de duas formas. Uma no esquema tradicional do cinema, com TVs da Hyundai e óculos "passivos"; e outra nas TVs da Sony com tecnologia 3D de óculos de obturador ativo.
A diferença das duas, não custa repetir: no cinema e nas TVs/monitores 3D mais antigos, aparecem ao mesmo tempo imagens para o lado direito e esquerdo. Os óculos "separam" os dois sinais por um truque óptico comum. No ativo, a TV passa alternadamente a imagem para o olho direito e para o esquerdo. Os óculos/receptor vão "piscando" (daí o obturador ativo) em sincronia com a TV, a uma velocidade imperceptível – por isso é preciso que o refresh rate das TVs 3D sejam de 120 Hz ou superior. O sistema ativo é agora o padrão para as TVs 3D que começam a chegar ao mercado agora, já que consegue mostrar imagens em Full-HD.
O Henrique Martin, do Zumo, esteve lá no Posto 6 e disse que a qualidade do 3D passivo até que era surpreendentemente boa, mas o modelo Full-HD 3D ganhava.
Tecnologicamente falando – e isso numa impressão rápida – a imagem com os óculos da Sony foi bem melhor que com os “3D de cinema”. Eram dois televisores, e os óculos se adaptavam em uma fração de segundos à tela. Novamente, não vi diferença na imagem por conta do ângulo de visualização, mas a percepção da alta definição foi bem maior com esse modelo da Sony – e talvez essa seja um fator de decisão na hora que todo mundo começar a vender TV 3D no Brasil mundo.
Os dois modelos de óculos são bem diferentes. Como tem um circuito e bateria, o da Sony, ativo, é mais pesado (na foto do Henrique, ele está acima:
Pelo visto a onda 3D nas TVs vai chegar mais rápido do que imaginava. Durante a Copa, vocês podem ter certeza que haverá vários bares com transmissões assim. E o melhor: você poderá colocar a culpa da dor-de-cabeça no 3D, e não na cerveja. [Zumo]