Made in Brazil Vivendi compra GVT a R$56 por ação

Esta veio do nada: a Vivendi comprou a GVT, operadora de telefonia fixa e conhecida por oferecer banda larga superrápida a preço acessível. A notícia surpreende porque a Telefônica estava em negociações avançadas para levar a GVT, enquanto a Vivendi ficou em silêncio. A Vivendi começou oferecendo R$42 por ação, a Telefônica aumentou a aposta para R$48, e depois para R$50,50, mas hoje a dona de World of Warcraft levou metade das ações da empresa, assumindo controle acionário, por R$56 cada. A jogada da Vivendi foi silenciosa, e eis o porquê.

Esta veio do nada: a Vivendi comprou a GVT, operadora de telefonia fixa e conhecida por oferecer banda larga superrápida a preço acessível. A notícia surpreende porque a Telefônica estava em negociações avançadas para levar a GVT, enquanto a Vivendi ficou em silêncio. A Vivendi começou oferecendo R$42 por ação, a Telefônica aumentou a aposta para R$48, e depois para R$50,50, mas hoje a dona de World of Warcraft levou metade das ações da empresa, assumindo controle acionário, por R$56 cada. A jogada da Vivendi foi silenciosa, e eis o porquê.

Segundo o jornal Valor, a negociação entre a GVT e a Vivendi foi feita de forma privada, principalmente com os acionistas que fundaram a GVT — não foi divulgada publicamente, como da última vez. Por isso que a Vivendi ficou quieta depois que a Telefônica mostrou interesse. E, pelo visto, não foi jogada suja: a Vivendi podia negociar privadamente porque não se ofereceu a comprar as ações da GVT, como fez a Telefônica — eles só disseram que estavam dispostos a comprar a empresa, o que aparentemente muda tudo.

A Vivendi gastou estimados R$3,5 bilhões para adquirir metade da GVT, e com a compra das ações restantes, o valor deve aumentar para R$7,2 bilhões.

O que isso quer dizer para você? Primeiro, a chance de chegar em São Paulo a internet superrápida a preços módicos que a GVT oferece em outros Estados aumentou: dificilmente a Telefônica traria a tecnologia de minicentrais para São Paulo (a um preço menor que ela cobra normalmente). Para a Telefônica, o interesse maior estava em expandir sua atuação para outros Estados com a GVT. Mas isso não importa mais.

Segundo, teremos um grande concorrente chegando, em escala nacional — a GVT atua em 14 Estados. É de se esperar que a Vivendi invista pesado num mercado onde ela ainda está começando, e a empresa parece ter recursos para tanto. A Vivendi é um grupo multinacional francês que obteve, mundialmente, receita de mais de 25 bilhões de euros (uns 70 bilhões de reais) em 2008. Enquanto isso, a GVT obteve receita de R$2,1 bilhões no mesmo período. Com mais dinheiro e mais investimento, a GVT pode crescer ainda mais rápido. Fora que acaba o temor de menor concorrência no setor, que a Anatel tinha em relação à Telefônica.

A Telefônica tinha prometido não mudar a estratégia da GVT, para acalmar os temerosos, mas não prometia nada quanto a São Paulo. Com a Vivendi por aqui, talvez um dia eu tenha 10Mbps a R$69,90! Se World of Warcraft viesse junto — a Vivendi é dona da Activision-Blizzard, que desenvolve o jogo — a alegria seria maior ainda. [Valor]

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