O local da maior explosão não-nuclear do mundo, 70 anos depois
Em 27 de novembro de 1944, quatro mil toneladas de bombas foram detonadas em RAF Fauld, um depósito de munições no interior da Inglaterra. A explosão foi tão grande que causou uma nuvem de cogumelo e pôde ser sentida até em Marrocos.
Ela deixou uma cratera gigante, e você pode ver como ela está mais de 70 anos depois em um vídeo recente de Tom Scott, para a série “Coisas que você talvez não saiba” de seu canal do YouTube.
De acordo com Scott, o depósito subterrâneo estava cheio até a borda de bombas gigantes e munições durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi originalmente construído em 1930 para abrigar explosivos menores, mas a vinda da guerra aumentou a demanda por armas maiores e, portanto, o local de armazenamento ficou acima da capacidade.
Foto por Science & Society Picture Library
Investigações oficiais afirmaram que a explosão foi causada por má gestão, porque a maioria dos oficiais superiores não estava por perto naquele dia, e um funcionário tentou remover o detonador de uma bomba ativa com um cinzel de latão, causando uma faísca que lançou um efeito dominó enorme em toda a instalação.
Não se sabe quantas pessoas morreram como resultado da catástrofe – muitos corpos não foram recuperados – mas o número deve girar em torno de 30 a 70. Esta é muitas vezes considerada como uma das maiores explosões não-nucleares da história, e a maior de todas na Grã-Bretanha.
A Cratera de Hanbury, com cerca de 90 m de profundidade e 400 m de diâmetro, ainda é bastante notável na paisagem, mas vem sendo preenchida por terra ao longo do tempo. Como o governo afirma que ainda existem bombas ativas no local, a entrada é proibida.
No entanto, é bom ver a área – que costumava ser uma colina com terrenos agrícolas nas proximidades – se recuperando, porque é sempre bom ser lembrado que os seres humanos podem fazer de tudo, mas a natureza sempre tenta se consertar.
Assista ao vídeo abaixo, e lembre-se de ativar as legendas em português:
Primeira foto por John Darch