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Maior planta do mundo é descoberta na Austrália e mede 180 km; veja

O organismo identificado na Austrália é um híbrido de duas espécies e cresce através da clonagem. Entenda a história

Planta na Austrália

Imagem: Royal Society/Reprodução

Pense no estado de Washington, D.C., nos EUA, como um grande gramado. Agora, imagine que esse gramado é formado por apenas uma planta. Essa é a extensão do maior organismo do mundo, revelado por pesquisadores na região Shark Bay, na Austrália.

Entre 2012 e 2019, cientistas da Universidade da Austrália Ocidental se dedicaram a coletar amostras de ervas marinhas em dez diferentes localidades de Shark Bay. Depois, os pesquisadores sequenciaram o DNA das amostras, obtendo a grande revelação: todos os resultados remetiam a uma única planta.

O organismo em questão era a erva marinha da espécie Posidonia australis que se estende por 180 quilômetros. O estudo completo foi publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.

O tamanho da planta se deve ao seu constante processo de clonagem. Em resumo, ela vai criando ramificações geneticamente idênticas sem necessidade de reprodução sexual. Isso permite que ela se estenda por longas distâncias. 

Além disso, a planta parece ser um híbrido de duas espécies, pois possui dois conjuntos completos de cromossomos (40, no total). A condição recebe o nome de poliploidia e parece ter sido benéfica para Posidonia australis.

O aquecimento global resultou no menor volume de chuvas e maiores taxas de evaporação na região, o que tornou a água muito mais salgada. Porém, os genes extras parecem ter dado à grama marinha a capacidade de lidar com as alterações climáticas.

De acordo com os pesquisadores, a planta tem cerca de 4,5 mil anos. Para ter uma ideia, as árvores mais antigas do mundo, localizadas nas montanhas do sudoeste americano, estão firmes há 4,9 mil anos.

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