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Mais de 1 trilhão de toneladas: cientistas revelam peso do maior iceberg do mundo

Medições sobre o tamanho e peso do iceberg A23a foram feitas usando dados da missão CryoSat-2 da ESA

Medições por satélite mostram que o maior iceberg do mundo, conhecido como A23a, tem mais de 1 trilhão de toneladas. Esse peso massivo se deve à sua impressionante espessura: de, em média de 280 m. Falando apenas em tamanho, são quase 4 mil km² – aproximadamente o tamanho da cidade de Nova York, nos Estados Unidos.

As medições sobre o tamanho e peso da massa de gelo foram feitas usando dados da missão CryoSat-2 da ESA (Agência Espacial Europeia) e divulgados pela emissora britânica BBC. Apesar de ainda ser o maior do mundo, na última década, cientistas observaram uma diminuição constante de 2,5 m por ano na espessura. Isso é esperado dadas as temperaturas da água no Mar de Weddell.

As imagens de satélite mostram também as fendas superficiais que se abriram como resultado da violenta colisão com o leito do mar.

Iceberg gigante está em movimento

Desde que se desprendeu da plataforma de gelo Filchner-Ronne, na Antártida ocidental, em 1986, o iceberg ficou em grande parte encalhado depois que sua base ficou presa no fundo do Mar de Weddell. Ele já abrigou uma estação de pesquisa soviética.

Agora, o A23a alcançou a ponta da Península Antártica. Onde há uma convergência de várias correntes de água de movimento rápido que giram no sentido horário ao redor do continente.

Além disso, imagens recentes de satélite revelam que o iceberg está passando rapidamente pela ponta norte da península antártica, auxiliado por fortes ventos e correntes. Assim, cientistas afirmam que o iceberg está se movendo ao longo das correntes oceânicas para a região subantártica da Geórgia do Sul.

Posteriormente, caso encalhe no local, pode causar problemas à vida selvagem da Antártida. Isso porque poderia bloquear o acesso à ilha e às águas ao redor onde se reproduzem e se alimentam milhões de focas, pinguins e aves marinhas. O risco é maior se todo esse gelo vulnerável se fragmentar, e as correntes o levarem. O resultado seria uma elevação de 3,3 metros no nível dos mares – inundando regiões costeiras em todo o planeta.

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