Ciência

Melhor que a encomenda: sonda do Japão sobrevive a 3 noites lunares

A sonda do Japão não carrega sistemas de aquecimento. Por isso, esperava-se que o frio intenso da noite lunar inutilizasse seus componentes
Imagem: Jaxa/Divulgação

Surpreendendo todas as expectativas, a sonda do Japão SLIM sobreviveu a sua 3ª noite lunar. As informações são da agência espacial japonesa, a Jaxa.

Além de confirmar que o equipamento sobreviveu, a agência ainda recebeu, nesta quarta-feira (24), uma imagem do dispositivo.

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A noite lunar dura duas semanas, e tem temperaturas abaixo de -170°C. A agência planejou a missão para durar apenas uma noite lunar – o que dá em torno de duas semanas –, mas o equipamento já sobrevive a três meses na Lua.

A Jaxa disse que as principais funções da sonda ainda estão funcionando. Em uma publicação no X (antigo Twitter), a agência compartilhou a imagem recebida pela SLIM.

“A imagem foi tirada na primeira fase da lua após a noite ter passado. Então, a imagem é geral brilhante e as sombras são muito curtas”, explicou a agência.

Foto compartilhada pela Jaxa. Imagem: X/Reprodução

A SLIM não carrega sistemas de aquecimento. Por isso, esperava-se que o frio intenso da noite lunar acabasse inutilizando seus componentes.

A SLIM (sigla para Smart Lander for Investigating Moon) é a primeira sonda japonesa a pousar na Lua. Sendo assim, o Japão é o quinto país a realizar o feito, depois de Estados Unidos, União Soviética, China e Índia.

A sonda foi lançada em dezembro de 2023, a bordo de um foguete Epsilon, e tinha como objetivo testar uma nova tecnologia de pouso de precisão, além de estudar a geologia lunar.

Histórico da SLIM, a sonda do Japão

A sonda pousou com sucesso no dia 20 de janeiro, a apenas 55 metros do alvo inicial, uma pequena cratera chamada Shioli, no sul do equador lunar.

No entanto, logo após o pouso, a sonda tombou e seus painéis solares ficaram em um ângulo inadequado para receber a luz solar. A sonda ficou sem energia e entrou em modo de hibernação.

A sonda também ejetou dois mini-rovers, chamados Lev-1 e Lev-2, que deveriam explorar a região e analisar as rochas lunares. No entanto, os rovers também ficaram sem energia e não conseguiram se mover. Um deles, o Lev-2, conseguiu fotografar a sonda SLIM de cabeça para baixo, antes de desligar.

O estudo da sonda SLIM é importante para o avanço da exploração lunar. O equipamento demonstrou que é possível pousar com precisão em locais específicos da Lua, o que pode facilitar futuras missões científicas e comerciais.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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