A organização não governamental GLAAD (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação) divulgou, nesta quinta-feira (14), seu levantamento anual de “índice de responsabilidade de estúdio”, que compila dados sobre a representação da comunidade LGBTQ+ em filmes.
O relatório analisou os lançamentos de 2022 dos dez principais distribuidores de estúdios e suas subsidiárias. As distribuidoras analisadas foram: A24, com 36% dos filmes, Amazon Studios (34%), Apple TV+ (18%), Lionsgate (17%), NBCUniversal (24%), Netflix (22%), Paramount Global (29%), Sony Pictures Entertainment (21%), The Walt Disney Company (41%) e Warner Bros. Discovery (42%).
De 350 filmes lançados, apenas 100 deles (28,5%) incluíam um personagem LGBTQ – o maior número nos 11 anos do levantamento.
Apesar disso, ao longo da última década, a porcentagem de filmes inclusivos com a comunidade cresceu 50%, segundo a ONG. A representatividade também aumentou em outros aspectos, ainda que alguns grupos continuem sendo pouco representados.
Pessoas trans, não brancas e deficientes são menos representadas
Dos 100 filmes, 292 personagens eram LGBTQ, sendo 117 (40%) personagens não brancos. Quanto ao gênero, 163 eram homens, 119 eram mulheres e apenas 10 eram não binários. Além disso, apenas sete das personagens femininas e seis dos masculinos eram transgêneros. Por fim, somente quatro apresentavam alguma deficiência.
O GLAAD ainda afirma que a representação bissexual aumentou, mas continua abaixo da população real. E, enquanto a porcentagem de personagens LGBTQ não brancas aumentou, ela permanece pequena, sobretudo entre os latinos.