A China está aprimorando a missão Tianwen-3, que vai coletar amostras de Marte. Isso significa que os chineses podem ser os primeiros a trazer amostras de Marte à Terra, já que a missão Mars Sample Return (MSR), da NASA, enfrenta problemas.
Em abril deste ano, a China divulgou seus primeiros mapas globais do planeta vermelho. A sonda Tianwen-1, em órbita de Marte desde fevereiro de 2021, capturou imagens coloridas para compor o mosaico. O sucesso da missão levou a China a planejar lançar uma missão mais ambiciosa, a Tianwen-3.
A nova empreitada pretende usar foguetes para enviar espaçonaves para o Planeta Vermelho por volta de 2030, a fim de coletar e devolver 500 gramas de amostras. Os objetivos da missão incluem a busca de evidências de vida em Marte, a compreensão da evolução ambiental e climática do planeta vermelho e entender se ele já foi habitável.
Em junho de 2022, o lançamento no final estava previsto para 2028. Já a entrega das amostras seria em julho de 2031, antes da missão da NASA “Mars Sample Return”. Agora, a linha do tempo pode sofrer uma mudança, mas seu futuro continua menos abalado que a missão MSR, da NASA.
O que há com a missão da NASA em Marte?
O problema é de ordem financeira. Um projeto de lei de gastos que aloca fundos para a NASA passou por revisão no Senado norte-americano, reduzindo o orçamento da agência em mais de meio bilhão de dólares. O relatório demonstra preocupação com o cronograma atrasado da missão em relação aos custos crescentes, que pode afetar outras missões. O valor quase dobra a estimativa geral da missão para entre US$ 8 e US$ 9 bilhões.
Com isso, a NASA tem 180 dias após a promulgação do projeto para fornecer uma divisão do orçamento ano a ano para a missão. Caso a agência perca o prazo ou não adeque os custos ao orçamento, a missão pode ser cancelada. Sendo assim, os recursos podem ser realocados para outras missões.
O objetivo da missão Mars Sample Return (MSR) da NASA, uma colaboração com a Agência Espacial Européia (ESA), é coletar amostras da superfície de Marte com o rover Perseverance e trazê-las para estudo na Terra.
Com informações de SpaceNews e Space.com