MITK Bones usa iPad para obter imagens em tempo real dos órgãos internos de pacientes durante cirurgias

Finalmente acharam uma utilidade para a câmera traseira do iPad — e, por favor, não me diga que você trocou a sua câmera dedicada pelo tabletão da Apple. Pesquisadores da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, criaram uma técnica que auxilia médicos durante processos operatórios com realidade aumentada através do tablet. Só não vale jogar Angry Birds […]
iPad na sala de cirurgia.

Finalmente acharam uma utilidade para a câmera traseira do iPad — e, por favor, não me diga que você trocou a sua câmera dedicada pelo tabletão da Apple. Pesquisadores da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, criaram uma técnica que auxilia médicos durante processos operatórios com realidade aumentada através do tablet. Só não vale jogar Angry Birds no meio da cirurgia, hein!

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Até o momento a nova técnica foi utilizada em cinco cirurgias de remoção de cálculos renais. Ela é dividida em três etapas: primeiro, o paciente passa por uma tomografia com marcadores colados ao corpo para obter as imagens internas que são, então, armazenadas em um servidor. Depois, antes do processo cirúrgico começar, marcadores parecidos com eletrodos usados em eletro-cardiogramas são colados nas costas do paciente, na mesma posição em que estavam durante o exame; eles darão as diretrizes para que o iPad trabalhe. Por fim, um app desenvolvido para o tablet ativa a câmera que, em tempo real, recupera e sobrepõe as imagens da tomografia armazenadas no servidor às do vídeo, dando aos médicos uma boa visão de onde estão os órgãos do paciente — as cirurgias são pouco intrusivas, sem cortes muito grandes.

A vantagem do projeto, batizado de MITK Bones, é que, com imagens mais fiéis, exibidas em tempo real e com localização exata, o risco de que outros órgãos próximos do rim sejam atingidos cai bastante. Há coisas importantes por ali, como a pleura e o cólon. Hoje, os médicos se utilizam de contrastes, imagens radiológicas ou ultrassonografia para fazer essa visualização, mas a técnica do iPad pode vir a ser mais confiável.

O vídeo a seguir mostra a coisa toda funcionando, com o iPad devidamente trajado de branco (tem uns cortes e um pouco de sangue, mas nada muito gore):

Ainda é cedo para promover o iPad ao mesmo nível do bisturi e torná-lo uma ferramenta a serviço da medicina, mas estudos e mais testes serão conduzidos para que sua utilização com esse fim se torne praxe. Apps de medicina são muito usados no tablet da Apple e essa nova técnica só reforça a característica mutante do equipamento. E ainda há quem diga que ele só serve para “consumir conteúdo”… [Folha, MITK Bones]

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