Morra, IE6, MORRA!

O Internet Explorer 6, considerado um dos maiores desastres da computação moderna, tem uma interface ultrapassada, vem irritando webdesigners há anos por não exibir direito páginas da web, e sua segurança tem mais buracos que um queijo suíço. Grandes sites, como o Facebook, Digg, Youtube e até o Twitter vão abandonar o IE6. Mas cerca de 20% de quem navega na web ainda usam esse navegador. Por que ele não morre de uma vez?

O Internet Explorer 6, considerado um dos maiores desastres da computação moderna, tem uma interface ultrapassada, vem irritando webdesigners há anos por não exibir direito páginas da web, e sua segurança tem mais buracos que um queijo suíço. Grandes sites, como o Facebook, Digg, Youtube e até o Twitter vão abandonar o IE6. Mas cerca de 20% de quem navega na web ainda usam esse navegador. Por que ele não morre de uma vez?

Na Idade das Trevas dos navegadores, depois que o Netscape sumiu do mapa, o Internet Explorer 6 reinava soberano: era usado por mais de 90% dos que navegavam na web. Então vieram os concorrentes: o Opera já era gratuito desde 2000; em 2003 surgiu o Safari; e o Firefox ganhou espaço onde antes o IE dominava. Abas, campo de pesquisa à direita da barra de endereços, anti-phishing e respeito a modernos padrões da web viraram norma — exceto para o IE. A Microsoft demorou para responder à concorrência: só em 2006 lançou o Internet Explorer 7, e em março saiu a versão 8. Mas o IE6 não sumiu. Por quê?

Basicamente, por dois três motivos: porque o IE6 vem junto com o Windows XP, sistema operacional usado em dois terços dos computadores do mundo; porque a Microsoft bloqueou a atualização para o IE7 em Windows pirata (até o fim de 2007, mas muitos ainda temem o WGA); e porque muitas empresas resistem em atualizar o IE6, ou em mudar de navegador — afinal, dá trabalho fazer isso em diversas máquinas, páginas de intranet são feitas para funcionarem no IE6, e a maioria das páginas da internet (ainda) funcionam no IE6.

Mas não por muito tempo: a próxima revolução na internet está chegando, e ela se chama HTML5. Com a nova versão da linguagem HTML, será possível integrar áudio e vídeo nas páginas sem usar plug-ins (como o Flash). Recursos como arrastar-e-soltar e guardar conteúdo offline vão facilitar o desenvolvimento de aplicativos web — e, como sabemos, o Google aposta forte nisso, principalmente agora que anunciou o Chrome OS. Mas o Internet Explorer 6 não roda HTML5.

Ah, mas por enquanto o IE6 não incomoda, certo? Errado. Padrões hoje básicos da web, como CSS versão 2 e XHTML, não funcionam 100% no navegador — o que obriga webdesigners a perderem tempo fazendo sites funcionarem com o IE6. Fora que ele é muito instável e, mesmo atualizado, tem muitas vulnerabilidades de segurança. O Digg e o Youtube já avisaram que em breve não vão mais se adaptar para o IE6, e o Facebook recomenda atualizar o navegador quando você faz login usando o IE6. E existe campanha na internet para matar o IE6 de uma vez — fora o Save IE6, pegadinha de Primeiro de Abril que propõe salvar o navegador de 2001.

O Internet Explorer 6 já causou todo prejuízo possível: deixou usuários vulneráveis com suas inúmeras falhas e interface ultrapassada, fez webdesigners perderem muito tempo programando para o IE6, e impediu o avanço de padrões da web. Agora chega: IE6, é hora de sacrificar você. Morra de uma vez. [Mashable]

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