Os recifes de corais estão morrendo aos montes por conta da elevação das temperaturas das bacias marítimas. Não é a primeira vez que o fenômeno de descoloração acontece e certamente não será a última. Em algumas décadas, os recifes de corais podem ser extintos — uma fatalidade da mudança climática.
Os corais são parte animais, parte vegetais e parte minerais. Os pólipos, animais que vivem dentro dos corais, secretam exoesqueletos de carbonato de cálcio para proteger suas parceiras microscópicas (chamadas de zooxantela). A moeda de troca das zooxantela é a fotossíntese, alimentando o hospedeiro com açúcares, aminoácidos e outros produtos orgânicos. Essa simbiose funcionou por milhares de anos, mas agora a elevação das temperaturas do oceano está arruinando a relação.
Quando o oceano fica um pouco mais quente, a zooxantela começa a produzir radicais de oxigênio prejudiciais aos pólipos, que respondem expulsando-as. E é assim que os corais ficam brancos e param de crescer. E a não ser que a zooxantela volte, o coral morre.
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Em 1998, um aquecimento oceânico matou 18% dos corais do mundo, naquela que foi considerada a primeira descoloração em massa. Esse ano, 38% dos corais devem ser impactados, dizimando 12 mil quilômetros quadrados do ecossistema.
Os recifes de corais abrigam aproximadamente 25% das espécies marinhas. Se pensarmos em termos de biodiversidade, perdê-los seria o equivalente a destruir todas as florestas tropicais. Alguns cientistas apontaram no começo desse ano que a sexta extinção em massa está próxima.