Motorola lança o Xoom 2 Media Edition, tablet fininho e leve de R$ 1.299

A Motorola ainda vê espaço no mercado para mais um tablet Android de mais de R$ 1.000 e encaixou na sua linha o curioso Xoom 2 Media Edition. Ele chega por volta do dia 20 ao mercado brasileiro, a tempo de compras de última hora do natal. Com especificações melhores, levíssimo e tela de 8,2”, […]

A Motorola ainda vê espaço no mercado para mais um tablet Android de mais de R$ 1.000 e encaixou na sua linha o curioso Xoom 2 Media Edition. Ele chega por volta do dia 20 ao mercado brasileiro, a tempo de compras de última hora do natal. Com especificações melhores, levíssimo e tela de 8,2”, o zunzinho tem algumas ideias interessantes, mas será o suficiente nesse mercado crowdeado, bróder? Nós demos uma volta com ele e fizemos um vídeo.

whatsapp invite banner

A Motorola acabou não apostando no Xoom 2 grande (que não está sendo muito bem recebido lá fora), trouxe apenas o pequeno da família e deu um preço menor também: R$ 1.299 no varejo, versão Wi-Fi apenas (3G, só ano que vem), já com os descontos da “MP do tablet”. O nome “media edition” é curioso, já que por ter uma tela menor ele é menos legal para ver mídia do que o irmão maior. Mas especialmente para vídeo ele faz coisas interessantes se tiver as companhias certas: ele tem saída micro HDMI (cabo vendido separadamente) e um adaptador microUSB para USB normal (vendido separadamente), o que na prática permitem que você leia um arquivo de vídeo qualquer de um HD externo ou um pen-drive e jogue a imagem para a sua TV.

Falando em TV, o Xoom 2 ME já traz um emissor infravermelho e, com o dijit já pré-instalado consegue virar um controle remoto universal — um potencial que achamos que poderia ser melhor explorado. Ainda na lista de apps pré-instalados, temos o Netflix, o bom editor de imagens Skitch, o Evernote e uma demo do Twonky, que funciona mais ou menos como o Airplay para áudio (você joga o que está tocando no tablet para um dispositivo compatível) mas, pelos meus testes, de maneira mais problemática. Já o Motocast permite cadastrar alguns PCs (ou Mac) para serem usados como servidor de mídia e tenha arquivos de áudio ou vídeo acessíveis de qualquer lugar.

Completando o “media edition”, há um esqueminha inteligente de alto-falantes: em vez de apenas um ou dois, a Motorola espalhou 3. Dependendo da orientação, um deles (normalmente o que você cobre com a mão) assume o papel de subwoofer. A tela é bem boa com tecnologia IPS (que permite ângulos de visão generosos), e a resolução de 1280×800 permite ler e jogar coisas feitas para tablets maiores, mas tenho dúvidas se o tamanho não prejudique a leitura, por exemplo, de revistas. Mesmo a navegação em sites é obviamente pior que em um iPad 2, pelo tamanho e proporção de tela (o Xoom 2 ME é 16:10). Pelo menos dá pra segurá-lo em uma mão: ele é substancialmente mais leve que o iPad 2 (600 gramas do iPad 2 contra 386 do Xoom 2 ME) e menor. Vejam os dois juntos:

Se você deu uma olhada no vídeo não deve ter ficado muito impressionado. Como já vimos o Android 4.0, o 3.2 parece meio errado (não há data para o upgrade, segundo a Motorola) e ele não pareceu exatamente rápido, mesmo com um processador Dual-Core 1,2 GHz não-identificado e 1 GB de RAM. Na verdade a nossa rápida voltinha foi com uma unidade de testes em uma rede esquisita, o que pode justificar uma certa lentidão generalizada — os primeiros pequenos Xooms 2 estarão saindo da fábrica de Jaguariúna nos próximos dias. Para ficar claro, por lentidão entenda “não é tão rápido quanto o iPad 2”, há sempre um micro lag trocando homescreens ou dando zoom nas fotos. Mas o que me incomodou foi algo menos grave: o recorrente erro da Motorola em fazer a página do Xoom 2 em Flash e deixar o plug-in pré-instalado no tablet. Tive aquela desconfortável sensação de déjà-vu: ver a página do Xoom 2 ME no Xoom 2 ME causa embaraços. O Flash mobile morreu, é um lixo e sempre será. Ao menos ele não está mais na publicidade como um “feature”.

Na lista de contras poderíamos incluir a bateria que não parece muito sensacional (6 horas de navegação, segundo a Moto) e, é claro, a ainda pobre oferta de apps que tenham interface repensada especificamente para telas maiores, como vemos no iOS. Precisamos testar mais tempo para ver o real desempenho, mas a sensação inicial é que pelo menos gostamos de ver a Motorola tentando algo diferente: ele é realmente fininho, a tela é bacana e com alguns acessórios, como o dock e um teclado bluetooth com trackpad embutido, ele pode substituir bem um netbook para algumas coisas. Com os descontos de varejo, ele pode chegar a um preço interessante, e como tem uma proposta diferente, pode ser uma alternativa para quem quer comprar um tablet  que não seja da Apple.

Especificações: Dual-Core 1,2 GHz, 1 GB de RAM, 32 GB de memória com suporte para microSD de até 32 GB.
Tela: 8,2”Corning Gorilla Glass de 1280×800,
Conectividade: Wi-Fi, Bluetooth, DLNA, micro HDMI e micro USB,
Câmeras: traseira de 5MP (filma em Full HD) e frontal de 1,3MP
Dimensões: 139mm x 216mm x 8,99mm; 386g

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas