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Não é só no Brasil: mapa mostra os países que têm SUS

Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes com sistema de saúde de graça para todos; veja outros países que têm "SUS"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que estabelece as diretrizes para o atendimento a pacientes com síndrome de fibromialgia, fadiga crônica, síndrome complexa de dor regional e outras dores crônicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Publicada nesta quinta-feira (26) no Diário Oficial da União, a lei inclui no atendimento integral, previsto em portaria, o acompanhamento nutricional e o fornecimento das medicações. De acordo com a International Association for the Study of Pain, “dor é uma sensação ou experiência emocional desagradável, associada com dano tecidual real ou potencial”. Há dois tipos de dor, a aguda, que dura até 30 dias, e crônica, com duração maior que 30 dias. Apesar de parecer simples, o diagnóstico da dor e das síndromes e condições relacionadas a ela é um processo complexo e que, muitas vezes, exige intervenção multidisciplinar no seu tratamento. Por isso, o Ministério da Saúde estabeleceu, desde 2012, um protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para a dor crônica no SUS, por meio de uma portaria. O projeto de lei tramitou no Congresso Nacional para constituir legalmente o direito de atendimento integral a esses pacientes, por meio das diretrizes já existentes, que receberam ainda algumas complementações, com a inserção da garantia de acompanhamento nutricional, assim como do fornecimento pelo SUS de medicamentos descritos no protocolo. A lei entrará em vigor dentro de 180 dias, e reforça ainda o direito desses pacientes ao acesso a exames complementares e modalidade terapêuticas como fisioterapia e atividades físicas. Outra medida complementar prevista na lei é a divulgação de informações e orientações sobre as doenças, medidas preventivas e tratamentos possíveis. Uma regulamentação deverá ser estabelecida ainda para que os pacientes tenham acesso a uma relação de exames, medicamentos e modalidades terapêuticas garantidos pela nova lei.

Este mês, foi anunciado que o Sistema Nacional de Saúde da Inglaterra poderá prescrever o remédio emagrecedor Mounjaro para pacientes com obesidade. Criado em 1948, o serviço de saúde pública do Reino Unido inspirou a criação do SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil, em 1990.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Cobertura Universal de Saúde se baseia no princípio de que todos devem ter acesso a serviços essenciais de saúde de qualidade, sem prejuízos financeiros.

Atualmente, 73 países no mundo contam com cobertura universal de saúde, o que corresponde a 69% da população mundial. Entretanto, em alguns deles, a gratuidade cobre apenas uma parcela da população. Ou seja, os serviços a que cada um tem direito podem ser variáveis. Uma mapa da CEOWORLD Magazine foi criado a fim de mostrar quais países têm seu próprio “SUS”. Veja abaixo:

Imagem: CEOWORLD Magazine

A Alemanha foi o primeiro país a estabelecer um sistema de seguro social de saúde, em 1883. Contudo, hoje, o Brasil é o único com mais de 100 milhões de habitantes que possui um sistema público de saúde de graça para todos, como confirmado pelo Ministério da Saúde ao Poder360. A população total do país é de 215,3 milhões de pessoas, de acordo com o Censo 2022.

De acordo com a Lei nº 8.080 e a Constituição, qualquer cidadão brasileiro tem o direito de ser atendido gratuitamente pelo SUS. Além disso, o sistema também oferece medicamentos gratuitamente. Os gastos são financiados pelo dinheiro dos impostos.

Por outro lado, entre os países considerados desenvolvidos, os Estados Unidos se destacam pela ausência de saúde pública. O governo pode oferecer planos de saúde específicos para idosos ou pessoas de baixa renda, por exemplo, mas mesmo esses não estão livres de custos.

Veja todos os países que tem um sistema público de saúde, como o SUS, abaixo:

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