Não existe tuíte grátis? Elon Musk quer cobrar US$ 1 por contas novas
A lista de decisões duvidosas de Elon Musk no ex-Twitter só cresce. Na última segunda-feira (17), o X começou a cobrar cerca de US$ 1 por ano para verificar contas recém-criadas em dois países. A medida faz parte da política “Not A Bot” (“Não é um Robô”, em tradução livre) para combater spam na rede social.
A novidade foi apresentada em uma publicação na central de suporte da rede social. No documento, a empresa reconhece que “começou a testar” o novo método de assinatura.
Segundo a empresa, o experimento foi desenvolvido para “reforçar nossos já significativos esforços para reduzir spam, manipulação de nossa plataforma e atividade de bots”.
A expectativa é de que o processo avalie uma medida para combater bots e spammers. E também “equilibra a acessibilidade da plataforma com o pequeno valor da taxa”, explica a rede social.
“Isso não impedirá completamente os bots, mas será 1000 vezes mais difícil manipular a plataforma”, ressaltou Musk em uma postagem.
“Not a Bot” restringe tuítes de quem não tem assinatura
O lado bom é que a taxa não afeta usuários existentes. Mas cria uma barreira a quem deseja criar novas contas ou, simplesmente, nunca experimentou a rede social e deseja usá-la pela primeira vez. Especialmente porque é uma cobrança retroativa, feita anualmente.
O X também aponta que os novos usuários que cancelarem a assinatura até poderão utilizar a plataforma. Porém, só terão acesso como espectador, com a possibilidade de ler novas publicações, assistir vídeos e seguir novas contas.
Em resumo: sem a capacidade de novos tuítes, curtir publicações ou retweetar.
A rede social de Musk não chegou a mencionar o envio de mensagens privadas. Mas, aparentemente, o público não pagante também enfrentará esta restrição.
Teste de Musk está limitado a dois países (por enquanto)
Neste primeiro momento, o experimento de Musk vai afetar somente quem criar novas contas na Filipinas e da Nova Zelândia. E funcionará dessa forma: primeiro, os novos usuários terão de confirmar a sua identidade através de um código enviado para o celular.
Em seguida, será preciso escolher um plano de assinatura: a taxa anual de US$ 1, o X Premium (ex-Twitter Blue), que custa a partir de R$ 42 ao mês ou R$ 440 ao ano, ou o plano Organizações Verificadas, para empresas.
Ainda não há previsão da expansão do teste para outros países. Mas, caso seja aplicado no Brasil, a taxa anual da rede social de Elon Musk poderia custar a partir de R$ 5, considerando o câmbio de US$ 1 em 18 de outubro de 2023.
“Este novo programa tem como objetivo a defesa contra bots e spammers que tentam manipular a plataforma e atrapalhar a experiência de outros usuários do X”, diz o documento. “Esperamos compartilhar mais sobre os resultados em breve.”