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Não, o iPhone 4S não afetou as ações da Apple

“Mercado não vê iPhone 4S com bons olhos”. “Lançamento derruba ações da Apple”. “Wall Street se decepciona com novo iPhone”. Você provavelmente leu muitas chamadas assim na tarde de ontem, durante e após o evento da Apple. Mas eis a surpresa: as ações recuaram -0,56% ontem e hoje já estão subindo. O que diabos aconteceu […]

“Mercado não vê iPhone 4S com bons olhos”. “Lançamento derruba ações da Apple”. “Wall Street se decepciona com novo iPhone”. Você provavelmente leu muitas chamadas assim na tarde de ontem, durante e após o evento da Apple. Mas eis a surpresa: as ações recuaram -0,56% ontem e hoje já estão subindo. O que diabos aconteceu então?

É bem verdade que durante a apresentação, as ações da Apple chegaram a cair quase 4%. Mas até o final do pregão as ações se recuperaram e fecharam dentro da margem comum para qualquer empresa — a oscilação entre 1% é quase nula e acontece diariamente. Hoje, o discurso já mudou: “mercado faz as pazes com a Apple“. As ações subiram 1,54% contra, por exemplo, 0,56% do Google e 2,17% da Microsoft — novamente, números dentro da oscilação comum (menos o da MS, com um crescimento mais palpável). O problema de grande parte da imprensa foi pegar um número antes do fechamento do mercado para basear uma manchete bombástica. Se levarmos em conta o fechamento de -0,56%, o mercado não pode fazer as pazes com a Apple, já que eles sequer tiveram alguma desavença grave.

Mas o que aconteceu, então, durante o evento? Bem, como Alexandre Versignassi explicou neste post (e em seu livro “Crash: Uma Breve História da Economia”), o pessoal da bolsa de valores é impulsivo. Exageradamente impulsivo, e a culpa é do cérebro humano. Eles podem ter achado que a Apple tinha errado, mas pensaram duas vezes antes de afetar as ações da empresa. Hoje, um punhado de analistas falou muito sobre o iPhone 4S. Quase nenhum deles conhece o mercado — eles conhecem ações, dinheiro e fluxo de caixa. Quem decidirá se o iPhone 4S é bom ou ruim não são eles, e sim vocês, os usuários.

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