Em simulação, NASA evita que asteroide caia em Denver, mas acaba destruindo Nova York

Se você quer estar realmente preparado para a queda de um asteroide, precisa simular alguns dos piores cenários possíveis — como um explodindo bem no coração da cidade de Nova York. Na semana passada, durante a Conferência Anual de Defesa Planetária da IAA, a NASA, a FEMA (Agência Federal de Gestão de Emergências) e agências […]
Representação artística do 2016 WF9, objeto celeste que não ameaça a Terra (ainda bem). Ilustração: NASA/JPL-Caltech

Se você quer estar realmente preparado para a queda de um asteroide, precisa simular alguns dos piores cenários possíveis — como um explodindo bem no coração da cidade de Nova York.

Na semana passada, durante a Conferência Anual de Defesa Planetária da IAA, a NASA, a FEMA (Agência Federal de Gestão de Emergências) e agências espaciais em todo o mundo simularam um iminente impacto de asteroide e como eles reagiriam. Mas o final da simulação tomou um rumo bastante infeliz.

A simulação começou com a descoberta imaginária do fictício PDC 2019, que tinha uma chance em 50.000 de atingir a Terra graças à sua órbita excêntrica que levaria, em seu ponto mais próximo, a uma distância 18 vezes maior do que da Terra à Lua. Mas, à medida que os anos imaginários se passavam na simulação, as chances de impacto aumentavam constantemente até se ter certeza de que um asteroide de 180 metros de largura atingiria a Terra.

A localização do impacto foi inicialmente determinada como próxima à cidade de Denver, no estado americano do Colorado. Os pesquisadores determinaram que a cidade enfrentaria condições “de sobrevivência impossível” — até mesmo grãos de areia explodiriam. Os participantes da simulação decidiram atirar naves espaciais no asteroide na esperança de desviá-lo. (Na vida real, a NASA já está pesquisando uma missão de “impacto cinético”, chamada DART.)

Mapa do dano do asteroide fictício em Nova York. Gráfico: NASA

Mas, depois de respirar aliviados, os cientistas perceberam que ainda não tinham terminado o trabalho. O último dia da simulação revelou que um fragmento de 200 metros se soltou e atingiria o Central Park, em Nova York, em apenas 10 dias. Na simulação, o asteroide pegaria fogo a 1,6 km acima da cidade, produzindo uma explosão com tanta energia quanto uma arma nuclear.

Grande parte de Manhattan, Brooklyn, Bronx, Queens e alguns quarteirões de Nova Jersey e Nassau County sofreriam pressões impossíveis de se sobreviver ​​da explosão. Staten Island, entretanto, teria sido poupada. A cidade seria evacuada, depois de enfrentar uma obliteração total.

Os cientistas que escreveram a simulação poderiam ter escolhido qualquer lugar dos Estados Unidos para derrubar o asteroide, mas nenhum lugar seria tão interessante quanto Nova York, segundo a NBC News. Na vida real, as chances de um asteroide cair bem em cima do centro da cidade de Nova York são minúsculas, dado o tamanho da Terra e quanto dela é água ou espaço desabitado.

A simulação captura as muitas decisões difíceis que devem ser tomadas no planejamento de um evento de impacto e nos possíveis resultados dessas decisões — uma apocalíptica brincadeira de escolha-seu-caminho. Na vida real, a NASA e outras agências espaciais devem continuar a reforçar suas habilidades de monitoramento de asteroides, uma vez que mais tempo de antecedência e melhores detalhes permitirão que as partes responsáveis de tomarem decisões com base em informações mais precisas.

Os participantes da simulação divulgaram declarações de apoio para o telescópio infravermelho de detecção de asteroides NEOCam, para a missão Hera da Agência Espacial Europeia medir o resultado da missão DART da NASA, e para os cientistas continuarem estudando o potencialmente perigoso asteroide Apophis que passará por perto da Terra em 2029.

Vivemos em um universo assustador. Quanto mais tomamos consciência disso, mais poderemos nos preparar para crises que possam ameaçar nossa existência.

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