Na última quinta-feira (26), o OIG (Escritório do Inspetor Geral da NASA) publicou um alerta sobre vazamento de ar no segmento russo da (ISS) Estação Espacial Internacional.
Segundo o relatório, desde junho há um elevado vazamento de ar no módulo de serviço Zvezda, da Rússia, que chegou ao maior nível de risco no sistema de gestão de riscos da NASA.
Esse sistema citado no relatório é usado pela NASA para avaliar a gravidade e probabilidade de risco em uma escala de 1 a 5. O vazamento de ar obteve o nível 5 em ambas categorias.
Aliás, o OIG publicou o relatório após a NASA revelar, em fevereiro, o vazamento de ar no compartimento PrK, que separa a porta de acoplagem do Zvezda.
O módulo de serviço Zvezda é o segmento que tem o maior par de painéis solares. Imagem: NASA/Reprodução
Em abril, segundo a OIG, o vazamento de ar desse módulo era de 1,7 kg por dia, o maior já registrado. No entanto, como os relatórios da OIG são auditorias independentes, a NASA pode estar minimizando a gravidade da situação que o alerta destaca.
NASA revelou que reduziu o vazamento de ar na ISS
Em uma coletiva na última sexta-feira (27), sobre o lançamento da missão Crew-9 à ISS, autoridades da NASA declararam que houve progresso em reduzir a taxa de vazamento de ar.
Robyn Gatens, diretora do programa da ISS da NASA, afirmou que trabalhos de reparos reduziram o nível diário de vazamento de ar em um terço.
A NASA e a Roscosmos, a agência espacial russa, trabalham para investigar a causa do vazamento de ar na ISS. As duas agências continuam estudando a principal causa, mas limitaram o foco para soldaduras internas e externas do módulo, segundo o relatório da OIG.
“Continuaremos a trabalhar com a Roscosmos para entender as fontes do vazamento e como o evento impactou as operações da ISS”, afirmou Jim Free, administrador associado da NASA.
Além disso, o relatório da OIG destaca que não há vazamentos similares em outros locais da estação espacial. Desse modo, se o vazamento piorar, a solução, segundo o relatório, seria fechar o módulo permanentemente.
No entanto, essa ação iria impedir a acoplagem das naves Progress e Soyuz na ISS. Portanto, a solução seria um problema, já que a Rússia decidiu continuar suas operações na estação até 2028.
Vale lembrar que, posteriormente, a Rússia quer criar sua própria estação espacial, começando a operar em 2030.
A NASA, por sua vez, deixará a ISS em 2030 e já escolheu a SpaceX para tirar a estação de órbita de maneira controlada.