O foguete Atlas V 401, da NASA, foi lançado ao espaço nessa quinta-feira (10) às 6h25 (horário de Brasília). Porém, o veículo não será o astro desse texto. Os holofotes devem se voltar ao satélite JPSS-2 (Joint Polar Satellite System-2), que pegou carona no bagageiro.
O JPSS-2 é fruto de uma parceria entre a NASA e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA). Ele deve ser instalado no espaço para monitorar o clima em perspectiva global.
Esse satélite não ficará sozinho. Na verdade, ele se juntará aos satélites Suomi NPP e NOAA-20, circundando todo o planeta de polo a polo duas vezes por dia. O JPSS-2 ficará posicionado 800 km acima do solo terrestre.
Durante o rastreamento, o JPSS-2 deve realizar medições com seus quatro instrumentos, incluindo o VIIRS (Visible Infrared Imaging Radiometer Suite). Esse funciona como os olhos do satélite, registrando imagens nos espectros de luz visível e infravermelho. O VIIRS deve capturar, por exemplo, o topo das nuvens para indicar a gravidade de tempestades.
O satélite também deve focar nos oceanos Atlântico e Pacífico. Nessas áreas as medições devem ser feitas por boias meteorológicas, mas há poucas disponíveis. Então, são necessários dados de satélite para complementar as informações e avisar, por exemplo, sobre a chegada de furacões e tempestades tropicais.
O instrumento da NASA não deve se restringir a análise das condições climáticas. As fotos tiradas pelo satélite devem ajudar os pesquisadores a observar as condições de seca no planeta, que podem interferir na produção de alimentos.
As imagens também devem mostrar a coloração do oceano, indicando a saúde dos ecossistemas marinhos e os pontos de proliferação de algas nocivas. Além disso, o satélite poderá medir a qualidade do ar através da presença de fumaça de incêndios florestais, analisar o buraco na camada de ozônio e observar mudanças nas calotas polares.