A NASA, agência espacial norte-americana, divulgou na tarde desta quarta-feira (11), a primeira foto da amostra do asteroide Bennu que foi trazida à Terra. A missão OSIRIS-REx retornou para ao planeta no último dia 24 de setembro.
Além disso, a NASA revelou que estudos iniciais da amostra do asteroide Bennu, de 4,5 bilhões de anos, mostram evidências de alto teor de carbono e água.
Juntos, eles podem indicar que os blocos de construção da vida na Terra podem ser encontrados na rocha. A descoberta fez parte de uma avaliação preliminar da equipe científica, que ainda precisa estudar mais a amostra.
O Bennu é um asteroide de 487 metros de largura que orbita o Sol relativamente perto da Terra. Ele é considerado um asteroide carbonáceo (rico em carbono).
Ele está atualmente classificado em segundo lugar na lista de asteroides potencialmente perigosos para a Terra. Estima-se que ele tenha uma chance em 1800 de atingir nosso planeta nos próximos 300 anos.
O que os cientistas querem descobrir com o asteroide
Obter fragmentos do asteroide é importante porque análises desse material rochoso espacial podem revelar muito sobre os primeiros dias do Sistema Solar. Assim, é possível até mesmo esclarecer como a vida começou aqui na Terra.
“A amostra OSIRIS-REx é a maior amostra de asteroide rica em carbono já entregue à Terra, e ajudará os cientistas a investigar as origens da vida no nosso planeta nas próximas gerações”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson, em um comunicado.
“Quase tudo o que fazemos na NASA procura responder a questões sobre quem somos e de onde viemos”, completou o cientista.
Nas primeiras duas semanas, os cientistas realizaram análises “rápidas” do material, coletando imagens de um microscópio eletrônico de varredura, medições infravermelhas, difração de raios X e análise de elementos químicos.
Além disso, durante os próximos dois anos, a equipe científica da missão continuará a analisar as amostras e a fazer os estudos necessários para cumprir os objetivos científicos da missão.
Relembre a missão
A OSIRIS-REx foi lançada há sete anos e trouxe para a Terra um pedaço do asteroide Bennu. A viagem para a nave encontrar Bennu levou dois anos para ser concluída. A partir daí, foram mais dois anos orbitando o asteroide e mais dois anos até conseguir coletar um fragmento da rocha.
A órbita de Bennu está a 168 milhões de quilômetros do Sol. Já a da Terra está 149 milhões de quilômetros – o que, em termos astronômicos, não é uma diferença assim tão grande. Por isso, é tão importante aprender o máximo sobre a dinâmica orbital, que dita seus movimentos futuros. E se há risco de que ele passe perto demais de nosso planeta.