A Netflix considera cobrar de US$ 7 a US$ 9 mensais por sua versão com anúncios nos EUA, disseram fontes ligadas à plataforma à agência Bloomberg. A gigante do streaming, que completou 25 anos nesta segunda-feira (29), não confirmou a informação. Convertido para o real, a mensalidade poderia chegar a R$ 45 no câmbio atual – um valor bastante improvável para a versão com anúncios, que promete ser mais barata que o plano assinante. Hoje o plano básico no Brasil está em R$ 25,90.
Segundo a reportagem, os planos da Netflix envolvem a venda de até quatro minutos de comerciais por hora no serviço suportado por anúncios. Na TV a cabo, por exemplo, a média de propaganda veiculada é de 10 a 20 minutos por hora. A publicidade será exibida antes e durante os programas, mas não depois. Outra medida será fazer negócios menores para não sobrecarregar os espectadores com anúncios. As fontes, que pediram para não ser identificadas, disseram que a Netflix quer lançar a versão com anúncios entre outubro e dezembro deste ano.No início, o novo plano só estará disponível em alguns poucos países. Mas a plataforma quer implantar o serviço com anúncios nos seus 190 países de atuação até o final de 2023, afirmaram as fontes.
O que esperar
A discussão é tão recente que se torna difícil precisar quanto a Netflix vai cobrar pela versão com publicidade no Brasil. O site IGN Brasil estimou R$ 18 a R$ 24, tendo em vista a comparação de preços com os EUA. Se for assim, teremos um novo aumento na mensalidade? O objetivo do plano com anúncios é justamente atrair os usuários que não podem pagar pela versão mais básica da Netflix. Ao fazer isso, a plataforma disputa os assinantes perdidos no primeiro semestre de 2022 e vira concorrência da Disney +, que aumentou o valor cobrado pelo plano para assinantes e manteve o preço atual na versão com publicidade. Enquanto isso, os executivos da Netflix discutem quais programas terão, ou não, anúncios. As fontes afirmaram à Bloomberg que a plataforma não quer exibir publicidade na programação infantil, pelo menos no começo. Outra preferência é por não incluir anúncios durante seus filmes originais. Em programas e reality shows, por outro lado, não haveria problema em fazê-lo. A Netflix também busca direitos para anunciar em produções da Sony, Universal, Warner Bros e Paramount.
Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps
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