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Netflix: “nosso objetivo é nos tornarmos uma HBO”

Nós já sabemos há um bom tempo que a Netflix é ambiciosa, esforçando-se para criar seu próprio conteúdo original quando pode. Mas agora a empresa deixou suas intenções bastante claras: não se trata apenas de alcançar as redes de TV por assinatura – o Netflix quer derrotá-las no seu próprio jogo. A revista GQ fez […]

Nós já sabemos há um bom tempo que a Netflix é ambiciosa, esforçando-se para criar seu próprio conteúdo original quando pode. Mas agora a empresa deixou suas intenções bastante claras: não se trata apenas de alcançar as redes de TV por assinatura – o Netflix quer derrotá-las no seu próprio jogo.

A revista GQ fez um perfil detalhado sobre a empresa Netflix, no qual o responsável por streaming de conteúdo, Ted Sarandos, fala sobre o que o futuro reserva para a empresa.

Ele sugere que o Netflix deve produzir pelo menos cinco novos programas por ano, a fim de superar os grandes concorrentes:

“O objetivo é nos tornarmos a HBO mais rápido do que a HBO consegue se transformar em Netflix.”

Nos últimos tempos, algo ficou bastante claro: quem decide o sucesso do Netflix são os provedores de conteúdo, não o serviço em si – afinal, o catálogo depende deles. Além disso, os provedores de conteúdo criaram serviços concorrentes, como Hulu e HBO GO. No entanto, isso pode mudar se o Netflix for o conteúdo.

E com US$ 300 milhões no bolso para gastar em programação original – que já permitiu projetos como House of Cards, de David Fincher (diretor de Clube da Luta e A Rede Social), além de uma nova temporada de Arrested Development – a empresa certamente tem como apostar nisso.

No entanto, o modelo que o Netflix adota para suas séries é diferente: elas são comissionadas sem piloto, e serão disponibilizadas de uma só vez, sem espera entre um episódio e outro. Isso levanta diversas perguntas sobre o que pode ser o futuro da TV:

Quando esperar por novos episódios for algo do passado, a televisão “de qualidade” terá o mesmo impacto cultural? Tony Soprano seria Tony Soprano se pudéssemos devorar sua vida em um só final de semana? Qual a importância de recaps de episódios, do live-tweeting e da experiência compartilhada de todos assistirem juntos?

Além dessas perguntas, resta ver se a consistência e qualidade da nova programação consegue conquistar clientes o bastante de TV por assinatura. Este será um ano bem interessante para acompanhar o Netflix.

Leia o perfil completo da empresa, com a inusitada rotina de trabalho do CEO Reed Hastings, no link a seguir: [GQ]

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