Alguns meses antes de o Nexus 6 ser anunciado oficialmente, corriam rumores de que ele teria um leitor de digitais. Isso não se concretizou, e um ex-executivo da Motorola explica o motivo.
Em entrevista ao Telegraph, Dennis Woodside – ex-CEO da Motorola e atual chefe do Dropbox – diz que a covinha na traseira do Nexus 6 deveria ter um leitor de digitais, mas isso não deu certo:
O segredo por trás disso é que ele deveria ter reconhecimento de impressões digitais, e a Apple comprou o melhor fornecedor. Assim, o segundo melhor fornecedor era o único disponível para todos os outros na indústria, e eles não chegaram lá ainda.
Aparentemente, a ideia era recriar uma função do Motorola Atrix, lançado em 2011: ele tinha um leitor biométrico na traseira para destravar o aparelho. O sensor era fornecido pela AuthenTec, que em 2012 foi adquirida pela Apple por US$ 356 milhões.
Woodside sugere que a concorrência ainda não chegou ao nível da Authentec/Apple, o que parece ser verdade: o sensor do Galaxy S5 não funciona bem, e o leitor de digitais no HTC One Max é ainda pior.
É bom que Motorola e Google não usaram um componente de qualidade inferior só para ter o recurso. O próprio Woodside diz que a ausência de um leitor de digitais no Nexus 6 “não teria feito uma diferença tão grande”.
Em dezembro, o Ars Technica descobriu um código no Android sugerindo que o Nexus 6 teria um sensor de digitais no qual você teria que deslizar o dedo, assim como no Atrix.
O Android também ganharia uma API para leitores de digitais: apps de terceiros poderiam ter acesso ao sensor para autenticar o usuário – isso poderia ser útil no Google Wallet ou PayPal, por exemplo. A API não se tornou realidade ainda, mas poderia vir em uma versão futura do Android. [Telegraph via Engadget]
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