O Android nunca esteve tão vivo quanto ele está agora, no Nexus S. É mais rápido. É até pretensioso. No resumo, é muito bom.
Eis nossas primeiras impressões após uma hora brincando com o Nexus S e o Gingerbread.
Gostamos
• É muito rápido. Isso é basicamente resultado do novo software – depois de muita corrida, os processadores são praticamente iguais em dezenas de aparelhos por aí. Mas é a primeira vez que o Android soa tão veloz quanto o iPhone num hardware atualizado. Não há travadas, não há lentidão – apenas respostas puras e instantâneas, seja abrindo um aplicativo ou reagindo a um toque. E é assim que o Android deve ser.
• Os detalhes fazem diferença. O brilho laranja que surge quando você chega no fim de uma lista. A animação para desligar a tela do aparelho no estilo das televisões antigas. São os detalhes que fazem os fãs da Apple amarem a Apple; é o que faz a experiência parecer realmente completa e aconchegante, como se enrolar num casaco de pele bem quentinho, como ele fez na foto acima.
• A nova interface. O Google ficou famoso por fazer testes com bilhões de nuances de azul. Muito cérebro, pouca visão. A nova interface gráfica – com muito laranja e verde sobre o fundo negro com uma estética mais plana, bidimensional, quase cyberpunk dos anos 80 – parece que foi criada por um ser humano, talvez dois até, e não colocada em discussão num comitê enorme. E ele é mais enérgico. Algumas pessoas vão odiá-lo. E, na realidade, o redesenho ainda não está completamente envolvido na experiência completa do Android. Mas há futuro nesse novo formato.
• É a primeira vez na história que eu não perco a paciência usando o teclado original do Android.
Não gostamos
• Por que o Nexus S tem uma aparência tão barata? Ele é melhor do que a média dos aparelhos da Samsung – a curva é bonita e natural – mas assim como o Galaxy S, o visual, a construção e qualidade não fazem jus ao hardware ou software que ele leva por dentro. Um plástico barato e brilhante não é exatamente apropriado nesse caso. Até mesmo o velho Nexus One tem um visual mais caro e futurista, como uma verdadeira peça de qualidade. Colocando em outras palavras a questão de qualidade de construção: iPhone 4 > Nexus One > Nexus S. (Mas o espaço entre o N1 e o NS é muito maior do que o do iPhone 4 para o Nexus One.)
• O Contour Display, ou a curvatura do aparelho, é muuuuuito sutil. Não é exatamente um ponto negativo, é mais por uma questão de não entrar no hype. É uma boa tela, apesar de pender para o amarelo se o modo de economia de energia estiver ativado.
• Alguns aspectos do Android ainda precisam de mais amor e afeto para parecer menos com um PC e mais como um celular para humanos. Por exemplo, é bacana ter um atalho para o gerenciador de aplicativos embutido no pop-up do menu principal. Mas não deixa de ser mais um item na lista de detalhes estranhos e incompreensíveis do Android. Ah, e o player de música continua uma porcaria!
• Sem videochamada embutida. Há uma câmera frontal, mas não dá para conversar via vídeo usando um aplicativo nativo do Google. Falando nisso, não há botão físico dedicado para a câmera.
• Um detalhe besta, mas a teimosia da Samsung em colocar o botão de trava do aparelho no lado direito do telefone – e não no topo, como na maioria dos aparelhos – continua me irritando. E o novo arranjo dos quatro botões principais do Android não é o ideal também.
Em breve, mais novidades!