O Windows 10 está para completar três meses no mercado, mas o que ele significa em relação a hardware? A Microsoft juntou hoje pela manhã oito fabricantes de notebooks em São Paulo para mostrar o que eles oferecem para quem quer um laptop com Windows 10. E o que eles têm de bom? Bem, cada um tem suas características próprias, mas no geral todos parecem estar indo em direção da mobilidade: mais leves, mais flexíveis, mais fáceis de transportar, sem que a potência seja sacrificada para isso.
Acer, Asus, Dell, HP, Lenovo, Positivo, Samsung e Vaio estiveram no evento e cada empresa mostrou detalhadamente um notebook do seu portfólio. Isso nos dá uma visão geral de como a Microsoft vê os notebooks no futuro, e como as empresas estão trabalhando para ajudar a tornar essa ideia realidade.
Conversíveis e destacáveis
A Microsoft realmente aposta alto no mundo dos conversíveis e destacáveis. Ela até criou um notebook com tela que se separa do teclado – é o ótimo (e caríssimo) Surface Book. Por enquanto nada dele no Brasil, mas quem gostou da ideia pode observar outras opções que saíram (ou estão para sair) por aqui.
A HP ainda não definiu o preço, mas ele deve ficar entre R$ 2.500 e R$ 3.000.
A Dell tem um conversível um pouco grande – ele tem tela de 15,6 polegadas e pode ser usado como um tablet bem grande. A empresa diz que é o primeiro do tipo produzido no Brasil. Ele está à venda desde agosto custando a partir de R$ 3.649 com processadores Intel Core i5 ou i7.
O Lenovo Yoga 500 é um notebook 2 em 1 com acabamento premium com touchscreen de 14 polegadas. Ele foi lançado hoje no Brasil e custa a partir de R$ 2.999 nas suas diversas especificações técnicas, que incluem processadores Intel Core Broadwell e entre 4GB e 8GB de RAM.
É um 2 em 1 com uma dobradiça que gira em 360 graus, colocando o aparelho em modo tablet. O notebook pesa 2kg e vem em preto e vermelho.
Leves e portáteis
Outra característica que os notebooks parecem estar sempre em busca é portabilidade – eles precisam ser menores e mais leves, de modo que transportá-los por uma cidade não seja uma tarefa complicada. Alguns modelos mostram bem como fabricantes estão trabalhando nisso.
Um deles é o Acer R11, lançado há algumas semanas no Brasil. O R11 é um pequeno conversível com tela de 11,6 polegadas e quatro modos para se usar o dispositivo, incluindo uma em que ele parece um tablet. Ele é realmente bastante pequeno e leve – lembra os antigos netbooks – e provavelmente não pesa muito na sua mochila, então não deve incomodar nas longas viagens de metrô. Ele vem com processador Pentium quad-core e custa a partir de R$ 2200.
O Samsung Style S40 é um aparelho que falamos há alguns meses – ele já está à venda por aqui. Ele se destaca por ser extremamente leve – pesa 950g. Custa R$ 5.999 com processador Core M e 256gb de SSD.
Vi o T300CHI há alguns meses nas mãos da Asus, que ainda não tinha previsão de lançamento e preço para o aparelho. Agora ele tem: o destacável chega por R$ 6.500 por aqui. Para lembrar, ele tem tela 2K e processador Core M.
A Positivo lançou o Duo ZX3020 no ano passado, um notebook de baixo custo que também se transformava em tablet com Windows 8.1. A empresa diz que a recepção dele no mercado foi muito boa – até melhor do que eles esperavam! – e por isso o aparelho foi atualizado para 2015 na forma do Duo ZX 3060, que custará a partir de R$ 1.159 quando chegar às lojas em novembro. Ainda é um aparelho básico com pouca memória interna – ele tem 32GB de armazenamento interno e entrada de cartão microSD.
O hoje e o amanhã dos notebooks
Nos parágrafos acima eu citei apenas sete empresas – a oitava era a Vaio, que estava com o mesmo Fit 15F que vimos há algumas semanas. Ele é um notebook mais convencional – sem touchscreen, sem modo tablet.
Os outros notebooks, no entanto, dão uma boa ideia de como o mercado brasileiro está no geral – são aparelhos em todas as faixas de preço mesmo que com características parecidas. Você pode ter um destacável barato, mas pouco potente – como o Positivo Duo ZX3060, que custa R$ 1.159 – assim como um premium – como o T3000CHI da Asus, que custa R$ 6.500.
No geral, esses aparelhos oferecem a flexibilidade de se usar como um tablet quando for necessário ou com um teclado quando precisar, a portabilidade para deixá-lo na mochila sem que ele incomode, e a potência que às vezes parece faltar a um tablet quando precisamos de algo mais elaborado – aquele poder a mais que só os notebooks oferecem.
O mercado de notebooks sofreu um abalo bem forte com a ascensão dos smartphones e há alguns anos as empresas tentam encontrar formas de reinventá-los. O caminho, aparentemente, foi definido. Se eles ainda não empolgam tanto quanto um novo smartphone empolga, vamos torcer para que o Surface Book ajude os notebooks a se fortalecerem novamente.