Uma equipe internacional de astrônomos agora vai poder usar um novo tipo de câmera para capturar fotos do espaço até duas vezes mais nítidas do que as conseguidas com o telescópio Hubble. A tecnologia vem sendo trabalhada há 20 anos, e quando você olhar para as imagens vai entender que a espera valeu a pena.
A principal inovação na nova câmera espacial é um espelho de vidro curvado ultrafino que flutua em um campo magnético acima do espelho principal do telescópio. Ele neutraliza o efeito de desfoque criado pela turbulência atmosférica ao alterar a forma em 585 pontos diferentes em até 1000 vezes por segundo. Os resultados são impressionantes, para dizer o mínimo.
“É bem animador ver esta nova câmera tornar o céu noturno nítido como jamais foi possível”, explicou o cientista líder do projeto, Laird Close. “Nós podemos, pela primeira vez, fazer imagens de longa exposição que mostra um objeto a apenas 0,02 segundos de arco – o equivalente a uma moeda de dez centavos vista a centenas de quilômetros de distância. nesta resolução, você pode ver um campo de baseball na Lua.”
A nova câmera está sendo implantada no telescópio de Magalhães no deserto de Atacama no Chile. A primeira grande vitória da nova tecnologia veio na forma das fotografias do sistema estelar binário Theta-1 Ori C. As duas estrelas são tão próximas – mais ou menos a distância entre a Terra e Urano – que as câmeras anteriores não conseguiam capturar o espaço que as separa. Mas esta nova câmera conseguiu, e os astrônomos conseguiram ver tudo com clareza:
Mas são apenas detalhes. Esta nova câmera é realmente surpreendente quando tira fotos enormes. [University of Arizona via National Geographic]