Nova espécie de piranha vegetariana é descoberta na Amazônia
Uma espécie vegetariana da piranha foi descoberta por cientistas britânicos na área brasileira da Amazônia, segundo comunicado do Museu de História Nacional de Londres, na terça-feira (11).
A piranha recebeu o nome científico Myloplus sauron. É uma homenagem ao vilão do “O Senhor dos Anéis” devido a uma marca característica perto dos olhos bastante similar ao “Olho de Sauron”.
Essa piranha vegetariana é uma das duas novas espécies que ganharam nomes científicos com o fim de evitar a confusão entre os tipos desses animais e, assim, compreender melhor a fauna de peixes do Rio Amazonas.
Rupert Collins, curador-sênior de ictiologia do Museu de História Nacional de Londres, ajudou a descrever a espécie. “Assim que um dos meus colegas surgiu com a ideia para o nome, percebemos que cabia como uma luva”, afirmou o cientista sobre o padrão do Olho de Sauron similar ao da piranha vegetariana.
Collins diz que o nome dessa piranha vegetariana é um bom lembrete para continuar “de olho” nas espécies de peixes ainda não descritas por cientistas que habitam a América do Sul, sobretudo pela grande biodiversidade da Amazônia.
Má reputação da piranha
Ele também conta que as piranhas não deveriam ter a reputação de destruidoras que possuem. “O ex-presidente dos EUA, Teddy Roosevelt, é responsável por grande parte da reputação das piranhas”, relatou Rupert. “Ele escreveu sobre uma vaca sendo despedaçada na sua frente durante uma visita à América do Sul, consolidando sua imagem feroz na consciência pública.”
Na verdade, a Myloplus sauron é um pacu, espécie bem próxima às piranhas. Mas com a distinção de ser vegetariana, embora possua dentição similar aos seus primos carnívoros.
Os pacus podem crescer até um metro e pesar 20 quilos, dando a impressão que são peixes perigosos.
A piranha vegetariana é exclusiva da Bacia do Rio Xingu, um dos tributários do Rio Amazonas, que contém mais de 600 espécies de peixe. 10% dessas espécies só existem naquela região.